O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de 31 de janeiro deste ano variou 0,27%. Com isso, o nível apresentou desaceleração de 0,15 ponto percentual (p.p.) em relação à última publicação (0,42%). A saber, o IPC-S acumula avanço de 4,84% nos últimos 12 meses. A Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta segunda-feira, dia 1º.
Em resumo, houve decréscimo em quatro das oito classes de despesa pesquisadas. Dessa forma, a contribuição destas variações negativas puxou a inflação medida pelo IPC-S para baixo. O principal destaque ficou com o grupo habitação, que desacelerou de -0,23% para -1,16%. Nesse caso, vale ressaltar a queda do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de -2,21% para -6,69%.
Os outros três grupos que também registraram decréscimo em suas taxas de inflação foram alimentação (1,57% para 1,24%), saúde e cuidados pessoais (0,49% para 0,28%) e vestuário (0,80% para 0,55%). Os destaques para os respectivos grupos foram: frutas (6,72% para 4,48%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,80% para 0,08%) e calçados (0,56% para 0,21%).
Por outro lado, os outros quatro grupos tiveram aceleração em suas taxas de inflação: educação, leitura e recreação (-1,13% para 0,37%), transportes (0,73% para 0,88%), despesas diversas (0,32% para 0,38%) e comunicação (-0,05% para -0,04%). Em suma, os principais destaques que puxaram pra cima as taxas de cada grupo foram: passagem aérea (-22,33% para -15,23%), gasolina (1,79% para 2,61%), conselho e associação de classe (0,25% para 0,71%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,00% para 0,04%).
Entenda o IPC-S
Em resumo, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresenta o cálculo da variação de preços de produtos e serviços em sete capitais do Brasil: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Assim, há um acompanhamento semanal da evolução de preços de maneira quadrissemanal. Aliás, as datas de fechamento são 7, 15, 22 e 30 de cada mês.
Em outras palavras, para o cálculo, o IPC-S considera as últimas quatro semanas antes da divulgação dos dados. Por exemplo, o resultado divulgado hoje teve fechamento no último dia 31. Ou seja, para alcançá-lo, o cálculo considerou as quatro semanas de janeiro. Dessa forma, os próximos dados divulgados, no dia 7 de fevereiro, irão considerar as três últimas semanas de janeiro e a primeira de fevereiro. E assim por diante.
Em síntese, o indicador reflete o custo de vida das famílias que possuem renda mensal de 1 a 33 salários mínimos. Além disso, os dados pesquisados no IPC-S ajudam a definir reajustes salariais e contratos de alugueis.
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