O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de 15 de outubro este ano variou 1,29%, taxa 0,14 ponto percentual (p.p.) menor que a registrada na quadrissemana anterior (1,43%). Com o acréscimo deste resultado, a inflação medida pelo IPC-S nos últimos 12 meses desacelerou de 10,45% para 10,29%.
A saber, a Fundação Getulio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta segunda-feira (18). De acordo com os dados disponibilizados, três das oito classes de despesa pesquisadas desaceleraram nesta atualização e fizeram o IPC-S recuar.
Em resumo, o principal decréscimo veio do grupo habitação (2,03% para 1,34%). Isso aconteceu devido ao item tarifa de eletricidade residencial, que desacelerou de 6,35% para 3,93%.
Os outros dois grupos que também tiveram decréscimo no mês foram transportes (1,37% para 1,10%) e comunicação (0,45% para 0,34%). Os respectivos itens puxaram os grupos para baixo: gasolina (2,79% para 2,14%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,95% para 0,44%).
Em contrapartida, cinco grupos tiveram taxas maiores que as da quadrissemana anterior: educação, leitura e recreação (4,14% para 4,62%), alimentação (1,25% para 1,31%), vestuário (0,40% para 0,58%), despesas diversas (0,19% para 0,27%) e saúde e cuidados pessoais (0,11% para 0,14%).
Isso aconteceu, principalmente, por causa do avanço dos respectivos itens: passagem aérea (27,47% para 30,57%), hortaliças e legumes (4,62% para 7,37%), roupas masculinas (0,50% para 0,92%), cigarros (0,72% para 0,96%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,13% para -0,07%).
Entenda a metodologia do indicador
Em resumo, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresenta o cálculo da inflação de preços de produtos e serviços em sete capitais brasileiras. São elas: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Dessa forma, há um acompanhamento semanal da evolução de preços de maneira quadrissemanal, cujas datas de fechamento são 7, 15, 22 e 30 de cada mês. Aliás, para o cálculo da inflação, o IPC-S considera as últimas quatro semanas antes da divulgação dos dados, por isso a atualização é quadrissemanal.
Por exemplo, o resultado divulgado hoje teve fechamento no último dia 15. Dessa maneira, para alcançá-lo, o cálculo considerou as duas últimas semanas de setembro e as duas primeiras de outubro. Assim, os próximos dados divulgados em 25 de outubro irão considerar a última semana de setembro e as três primeiras de outubro. E assim por diante.
Em síntese, o indicador reflete o custo de vida das famílias que possuem renda mensal de 1 a 33 salários mínimos. Além disso, os dados pesquisados no IPC-S ajudam a definir reajustes salariais e contratos de alugueis.
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