O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de 30 de julho deste ano variou 0,92%. Essa taxa ficou 0,02 ponto percentual (p.p.) acima do nível registrado na semana passada (0,90%). A saber, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta terça-feira (3).
Em resumo, o item tarifa de eletricidade residencial foi novamente o principal responsável pela aceleração da inflação na semana. A propósito, a taxa do item avançou de 6,28% para 7,80%. Assim, a tarifa exerceu o maior impacto no grupo habitação, cuja variação também foi a mais forte entre os oito grupos pesquisados.
Além disso, a FGV também informou que inflação acelerou em duas das sete capitais pesquisadas. Embora, a maioria das capitais tenha registrado taxas menores que as da semana anterior, os avanços puxaram o resultado nacional para cima.
Em suma, as duas capitais a registrarem aceleração em suas taxas foram Porto Alegre (0,77% para 0,90%) e São Paulo (0,93% para 1,04%), com altas de 0,13 e 0,11 ponto percentual (p.p.), respectivamente.
Em contrapartida, as outras cinco capitais pesquisadas tiveram taxas menores nesta semana, quando comparadas aos níveis da semana anterior. As maiores desacelerações vieram do Rio de Janeiro (0,91% para 0,79%) e Belo Horizonte (0,70% para 0,59%), recuos de 0,12 e 0,11 p.p.
As outras três capitais que também registraram desaceleração em suas taxas foram: Brasília (1,05% para 0,98%), Salvador (0,81% para 0,75%) e Recife (1,30% para 1,29%), com recuos de 0,07, 0,06 e 0,01 p.p., respectivamente. Apesar da desaceleração, Recife segue com a taxa mais elevada entre as capitais pesquisadas.
Entenda metodologia do IPC-S
Em síntese, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresenta o cálculo da variação de preços de produtos e serviços em sete capitais do Brasil: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Dessa forma, há um acompanhamento semanal da evolução de preços de maneira quadrissemanal. A saber, as datas de fechamento são 7, 15, 22 e 30 de cada mês. Dessa forma, para o cálculo da inflação, o IPC-S considera as últimas quatro semanas antes da divulgação dos dados.
Por exemplo, o resultado divulgado nesta terça teve fechamento no último dia 30. Assim, para alcançá-lo, o cálculo considerou as quatro semanas de julho. Assim, os próximos dados divulgados em 10 de agosto irão considerar as três últimas semanas de julho e a primeira de agosto. E assim por diante.
Em síntese, o indicador reflete o custo de vida das famílias que possuem renda mensal de 1 a 33 salários mínimos. Lembrando que os dados de inflação pesquisados pelo IPC-S ajudam na definição de reajustes salariais e contratos de alugueis.
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