O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de 22 de janeiro deste ano variou 0,44%, taxa semelhante a registrada na quadrissemana anterior (0,43%). Com o acréscimo desse resultado, a inflação medida pelo IPC-S nos últimos 12 meses chegou a 9,53%.
A saber, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta segunda-feira (24). De acordo com os dados disponibilizados, cinco das oito classes de despesa pesquisadas aceleraram nesta atualização, impulsionando levemente o IPC-S.
Em resumo, o principal acréscimo veio do grupo educação, leitura e recreação, cuja taxa subiu de 0,50% para 1,03%. Isso aconteceu, principalmente, devido ao item cursos formais, que registrou um avanço de 3,25% para 4,68%.
Os outros quatro avanços vieram dos seguintes grupos: transportes (-0,18% para -0,08%), alimentação (1,12% para 1,22%), comunicação (0,09% para 0,14%) e despesas diversas (0,14% para 0,15%).
Estas altas aconteceram devido aos respectivos itens: etanol (-3,60% para -2,90%), hortaliças e legumes (1,58% para 5,74%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,20% para 0,42%) e cigarros (0,73% para 0,99%).
Por outro lado, três grupos tiveram decréscimo na atualização: habitação (0,57% para 0,26%), vestuário (1,24% para 0,99%) e saúde e cuidados pessoais (0,10% para 0,06%). Os grupos foram puxados para baixo pelos itens tarifa de eletricidade residencial (0,93% para -0,97%), roupas masculinas (1,68% para 1,09%) e plano e seguro de saúde (-0,18% para -0,33%), respectivamente.
Entenda a metodologia do indicador
Em resumo, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresenta o cálculo da inflação de preços de produtos e serviços em sete capitais brasileiras. São elas: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Dessa forma, há um acompanhamento semanal da evolução de preços de maneira quadrissemanal. A saber, as datas de fechamento são 7, 15, 22 e 30 de cada mês. Aliás, para o cálculo da inflação, o IPC-S considera as últimas quatro semanas antes da divulgação dos dados, por isso a atualização é quadrissemanal.
Por exemplo, o resultado divulgado hoje teve fechamento no último dia 22. Dessa maneira, para alcançá-lo, o cálculo considerou a última semana de dezembro e as três primeiras de janeiro. Assim, os próximos dados divulgados em 1º de fevereiro irão considerar todas as semanas de janeiro. E assim por diante.
Em suma, o índice reflete o custo de vida das famílias que possuem renda mensal de 1 a 33 salários mínimos. Além disso, os dados do IPC-S ajudam a definir reajustes salariais e contratos de alugueis no país.
Leia Mais: Mercado financeiro eleva projeção para a inflação do Brasil em 2022