O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de 7 de junho deste ano variou 0,80%, ficando 0,16 ponto percentual acima da última taxa (0,64%). Com o acréscimo deste resultado, a inflação medida pelo IPC-S nos últimos 12 meses passou de 8,29% para 8,63%, ficando ainda mais expressiva.
A saber, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta quinta-feira (8). De acordo com os dados disponibilizados, cinco das oito classes de despesa pesquisadas aceleraram na quadrissemana e puxaram o IPC-S pra cima.
Em resumo, o principal avanço veio novamente do grupo educação, leitura e recreação (1,15% para 2,39%). Vale lembrar que há duas semanas a taxa do grupo estava negativa em 0,65%. Aliás, o destaque também ficou de novo com o item passagem aérea, cuja taxa disparou de 12,47% para 22,83%, impulsionando a aceleração do grupo nesta semana. Duas semanas atrás, a taxa estava em -6,72%.
Os outros grupos que também tiveram altas em suas taxas foram: habitação (0,89% para 1,06%), alimentação (0,34% para 0,49%), saúde e cuidados pessoais (0,20% para 0,33%) e comunicação (0,02% para 0,05%). Os respectivos itens impulsionaram os grupos no período: tarifa de eletricidade residencial (2,09% para 3,27%), frutas (-3,29% para -2,14%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,71% para -0,19%) e serviços de streaming (0,32% para 0,65%).
Em contrapartida, houve queda nas taxas de inflação de outros três grupos: transportes (1,04% para 0,91%), vestuário (0,41% para 0,30%) e despesas diversas (0,24% para 0,18%). Estes avanços foram puxados, respectivamente, por: etanol (5,89% para 3,90%), roupas infantis (0,59% para 0,06%) e alimentos para animais domésticos (2,03% para 1,20%).
Entenda a metodologia do indicador
Em resumo, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresenta o cálculo da variação de preços de produtos e serviços em sete capitais brasileiras. São elas: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Dessa forma, há um acompanhamento semanal da evolução de preços de maneira quadrissemanal, cujas datas de fechamento são 7, 15, 22 e 30 de cada mês. Aliás, para o cálculo da inflação, o IPC-S considera as últimas quatro semanas antes da divulgação dos dados, por isso a atualização é quadrissemanal.
Por exemplo, o resultado divulgado ontem (8) teve fechamento na véspera. Dessa maneira, para alcançá-lo, o cálculo considerou as três últimas semanas de junho e a primeira de junho. Assim, os próximos dados divulgados em 15 de julho irão considerar as duas últimas semanas de junho e as duas primeiras de julho. E assim por diante.
Em síntese, o indicador reflete o custo de vida das famílias que possuem renda mensal de 1 a 33 salários mínimos. Além disso, os dados pesquisados no IPC-S ajudam a definir reajustes salariais e contratos de alugueis.
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