O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de 15 de novembro deste ano variou 0,85%, taxa 0,04 ponto percentual (p.p.) maior que a registrada na quadrissemana anterior (0,81%). Com o acréscimo deste resultado, a inflação medida pelo IPC-S nos últimos 12 meses apresentou leve aceleração de 9,59% para 9,63%.
A saber, a Fundação Getulio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento, divulgou as informações na última terça-feira (16). De acordo com os dados disponibilizados, apenas duas das oito classes de despesa pesquisadas aceleraram nesta atualização. Mas isso foi suficiente para fazer IPC-S subir no período.
Em resumo, o principal acréscimo veio novamente do grupo transportes, cuja taxa subiu de 1,76% para 2,55%. Isso aconteceu mais uma vez graças ao item gasolina, que teve um avanço firme na quadrissemana, passando de 4,01% para 6,14%.
O outro grupo que também teve acréscimo na quadrissemana foi saúde e cuidados pessoais, que avançou levemente de 0,28% para 0,31%. Nesta classe de despesa, o principal destaque positivo ficou com o item artigos de higiene e cuidados pessoais, que subiu de 0,72% para 0,84%
Em contrapartida, os outros seis grupos desaceleraram nesta atualização: educação, leitura e recreação (0,52% para -0,19%), alimentação (1,02% para 0,83%), vestuário (0,90% para 0,68%), comunicação (0,39% para 0,26%) habitação (0,41% para 0,38%) e despesas diversas (0,27% para 0,26%).
O decréscimo nestes grupos ocorreu, principalmente, devido aos recuos dos respectivos itens: passagem aérea (2,56% para -1,87%), frutas (-0,64% para -2,19%), calçados infantis (0,61% para -0,56%), tarifa de telefone residencial (4,12% para 2,71%), tarifa de eletricidade residencial (0,32% para 0,07%) e cigarros (1,28% para 1,10%).
Entenda a metodologia do indicador
Em resumo, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresenta o cálculo da inflação de preços de produtos e serviços em sete capitais brasileiras. São elas: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Dessa forma, há um acompanhamento semanal da evolução de preços de maneira quadrissemanal. A saber, as datas de fechamento são 7, 15, 22 e 30 de cada mês. Aliás, para o cálculo da inflação, o IPC-S considera as últimas quatro semanas antes da divulgação dos dados, por isso a atualização é quadrissemanal.
Por exemplo, o resultado divulgado ontem teve fechamento na véspera. Dessa maneira, para alcançá-lo, o cálculo considerou as duas últimas semanas de outubro e as duas primeiras de novembro. Assim, os próximos dados divulgados em 23 de novembro irão considerar a última semana de outubro e as três primeiras de novembro. E assim por diante.
Em síntese, o indicador reflete o custo de vida das famílias que possuem renda mensal de 1 a 33 salários mínimos. Além disso, os dados pesquisados no IPC-S ajudam a definir reajustes salariais e contratos de alugueis.
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