O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de 7 de novembro deste ano variou 0,81%, taxa 0,04 ponto percentual (p.p.) maior que a registrada na quadrissemana anterior (0,77%). Com o acréscimo deste resultado, a inflação medida pelo IPC-S nos últimos 12 meses desacelerou de 9,73% para 9,59%, mas continua bastante elevada.
A saber, a Fundação Getulio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta segunda-feira (8). De acordo com os dados disponibilizados, cinco das oito classes de despesa pesquisadas aceleraram nesta atualização e fizeram o IPC-S subir.
Em resumo, o principal acréscimo veio do transportes, cuja taxa subiu de 1,31% para 1,76%. Isso aconteceu por causa do item gasolina, que teve um avanço firme na quadrissemana, passando de 2,73% para 4,01%.
Os outros quatro grupos que também tiveram acréscimo no mês foram alimentação (0,88% para 1,02%), vestuário (0,81% para 0,90%), habitação (0,37% para 0,41%) e saúde e cuidados pessoais (0,25% para 0,28%).
Vale destacar os respectivos itens: hortaliças e legumes (9,40% para 11,92%), roupas infantis (0,39% para 0,69%), tarifa de eletricidade residencial (0,06% para 0,32%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (0,56% para 0,72%).
Em contrapartida, as taxas de três grupos desaceleraram nesta atualização: educação, leitura e recreação (1,57% para 0,52%), comunicação (0,44% para 0,39%) e despesas diversas (0,28% para 0,27%). O decréscimo dos grupos ocorreu, respectivamente, devido aos itens passagem aérea (9,97% para 2,56%), tarifa de telefone residencial (5,07% para 4,12%) e serviços bancários (0,05% para 0,01%).
Entenda a metodologia do indicador
Em resumo, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresenta o cálculo da inflação de preços de produtos e serviços em sete capitais brasileiras. São elas: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Dessa forma, há um acompanhamento semanal da evolução de preços de maneira quadrissemanal. A saber, as datas de fechamento são 7, 15, 22 e 30 de cada mês. Aliás, para o cálculo da inflação, o IPC-S considera as últimas quatro semanas antes da divulgação dos dados, por isso a atualização é quadrissemanal.
Por exemplo, o resultado divulgado hoje teve fechamento na véspera. Dessa maneira, para alcançá-lo, o cálculo considerou as três últimas semanas de outubro e a primeira de novembro. Assim, os próximos dados divulgados em 16 de novembro irão considerar as duas últimas semanas de outubro e as duas primeiras de novembro. E assim por diante.
Em síntese, o indicador reflete o custo de vida das famílias que possuem renda mensal de 1 a 33 salários mínimos. Além disso, os dados pesquisados no IPC-S ajudam a definir reajustes salariais e contratos de alugueis.
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