O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de 7 de agosto deste ano variou 0,97%, ficando 0,05 ponto percentual acima da última taxa (0,92%). Com o acréscimo deste resultado, a inflação medida pelo IPC-S nos últimos 12 meses passou de 8,76% para 9,23%, ficando ainda mais expressiva.
A saber, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta segunda-feira (9). De acordo com os dados disponibilizados, cinco das oito classes de despesa pesquisadas aceleraram na quadrissemana e puxaram o IPC-S pra cima.
Em resumo, o principal avanço veio do grupo saúde e cuidados pessoais (0,00% para 0,53%), puxado pelo item plano e seguro de saúde, cuja taxa subiu de -1,27% para 0,68%.
Também aceleram nesta atualização os grupos alimentação (0,78% para 1,10%), vestuário (0,08% para 0,21%), despesas diversas (0,02% para 0,11%) e transportes (0,85% para 0,88%). Os destaques para estes grupos foram: hortaliças e legumes (-0,17% para 4,81%), calçados masculinos (-0,52% para 0,22%), alimentos para animais domésticos (0,42% para 1,02%) e automóvel usado (0,87% para 1,17%).
Em contrapartida, houve desaceleração na inflação de três grupos: educação, leitura e recreação (1,42% para 0,87%), habitação (2,09% para 1,84%) e comunicação (-0,09% para -0,15%). A propósito, os grupos foram puxados pra baixo, respectivamente, pelos seguintes itens: tarifa de eletricidade residencial (7,80% para 6,57%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-0,13% para -0,30%).
Entenda a metodologia do indicador
Em resumo, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresenta o cálculo da variação de preços de produtos e serviços em sete capitais brasileiras. São elas: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Dessa forma, há um acompanhamento semanal da evolução de preços de maneira quadrissemanal, cujas datas de fechamento são 7, 15, 22 e 30 de cada mês. Aliás, para o cálculo da inflação, o IPC-S considera as últimas quatro semanas antes da divulgação dos dados, por isso a atualização é quadrissemanal.
Por exemplo, o resultado divulgado hoje teve fechamento no último dia 7. Dessa maneira, para alcançá-lo, o cálculo considerou as três últimas semanas de julho e a primeira de agosto. Assim, os próximos dados divulgados em 15 de agosto irão considerar as duas últimas semanas de julho e as duas primeiras de agosto. E assim por diante.
Em síntese, o indicador reflete o custo de vida das famílias que possuem renda mensal de 1 a 33 salários mínimos. Além disso, os dados pesquisados no IPC-S ajudam a definir reajustes salariais e contratos de alugueis.
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