O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de 22 de agosto deste ano variou 0,75%, ficando 0,07 ponto percentual abaixo da última taxa (0,82%). Com o acréscimo deste resultado, a inflação medida pelo IPC-S nos últimos 12 meses recuou de 9,07% para 8,99%, mas continua bastante expressiva no período.
A saber, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta segunda-feira (23). De acordo com os dados disponibilizados, quatro das oito classes de despesa pesquisadas registraram decréscimo em suas taxas e puxaram o IPC-S pra baixo.
Em resumo, o principal impactou veio novamente do grupo habitação (1,35% para 0,99%), puxado mais uma vez pelo item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa recuou de 4,52% para 2,79%. Na sequência, ficou o grupo transportes (0,84% para 0,78%), que recuou por causa do item gasolina, que desacelerou de 1,84% para 1,58%.
Também tiveram decréscimo nesta atualização os grupos alimentação (1,23% para 1,17%) e saúde e cuidados pessoais (0,47% para 0,45%). Os principais itens que puxaram esses grupos pra baixo foram: hortaliças e legumes (6,40% para 5,22%) e plano e seguro de saúde (0,52% para 0,38%).
Em contrapartida, houve aceleração da inflação em quatro grupos: educação, leitura e recreação (0,28% para 0,65%), despesas diversas (0,17% para 0,20%), vestuário (0,17% para 0,20%) e comunicação (-0,15% para -0,13%). Os itens que impulsionaram essas taxas foram: passagem aérea (1,54% para 3,98%), cigarros (-0,34% para -0,04%), cintos e bolsas (-0,42% para 1,15%) e serviços de streaming (2,10% para 2,33%).
Entenda a metodologia do indicador
Em resumo, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresenta o cálculo da variação de preços de produtos e serviços em sete capitais brasileiras. São elas: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Dessa forma, há um acompanhamento semanal da evolução de preços de maneira quadrissemanal, cujas datas de fechamento são 7, 15, 22 e 30 de cada mês. Aliás, para o cálculo da inflação, o IPC-S considera as últimas quatro semanas antes da divulgação dos dados, por isso a atualização é quadrissemanal.
Por exemplo, o resultado divulgado hoje teve fechamento na véspera. Dessa maneira, para alcançá-lo, o cálculo considerou a última semana de julho e as três primeiras de agosto. Assim, os próximos dados divulgados em 1º de setembro irão considerar todas as semanas de agosto. E assim por diante.
Em síntese, o indicador reflete o custo de vida das famílias que possuem renda mensal de 1 a 33 salários mínimos. Além disso, os dados pesquisados no IPC-S ajudam a definir reajustes salariais e contratos de alugueis.
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