O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de 22 de setembro este ano variou 1,27%, ficando 0,17 ponto percentual acima da última taxa (1,10%). Com o acréscimo deste resultado, a inflação medida pelo IPC-S nos últimos 12 meses avançou de 9,25% para 9,42%.
A saber, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta quinta-feira (23). De acordo com os dados disponibilizados, seis das oito classes de despesa pesquisadas tiveram aceleração em suas taxas e impulsionaram o IPC-S na quadrissemana.
Em resumo, o principal impactou veio novamente do grupo habitação (1,77% para 2,15%), cuja taxa acelerou mais uma vez devido à tarifa de eletricidade residencial, que subiu 4,48% para 6,27%.
Da mesma forma, os seguintes grupos também aceleraram no mês: educação, leitura e recreação (1,71% para 2,25%), transportes (1,17% para 1,32%), vestuário (0,34% para 0,39%), alimentação (1,09% para 1,13%) e despesas diversas (0,27% para 0,29%).
Estes grupos avançaram devido aos respectivos itens: passagem aérea (13,23% para 17,61%), gasolina (2,33% para 2,75%), calçados infantis (-0,31% para 0,00%), frutas (2,95% para 4,26%) e alimentos para animais domésticos (0,61% para 1,53%).
Por outro lado, os grupos saúde e cuidados pessoais (0,40% para 0,31%) e comunicação (0,22% para 0,21%) recuaram na quadrissemana. Os itens artigos de higiene e cuidado pessoal (0,76% para 0,52%) e serviços de streaming (0,75% para 0,20%) puxaram a taxa pra baixo, respectivamente.
Entenda a metodologia do indicador
Em resumo, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresenta o cálculo da inflação de preços de produtos e serviços em sete capitais brasileiras. São elas: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Dessa forma, há um acompanhamento semanal da evolução de preços de maneira quadrissemanal, cujas datas de fechamento são 7, 15, 22 e 30 de cada mês. Aliás, para o cálculo da inflação, o IPC-S considera as últimas quatro semanas antes da divulgação dos dados, por isso a atualização é quadrissemanal.
Por exemplo, o resultado divulgado hoje teve fechamento na véspera. Dessa maneira, para alcançá-lo, o cálculo considerou a última semana de agosto e as três primeiras de setembro. Assim, os próximos dados divulgados em 1º de outubro irão considerar todas as semanas de setembro. E assim por diante.
Em síntese, o indicador reflete o custo de vida das famílias que possuem renda mensal de 1 a 33 salários mínimos. Além disso, os dados pesquisados no IPC-S ajudam a definir reajustes salariais e contratos de alugueis.
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