Os preços seguem elevados em diversas economias do mundo, o que causa um desconforto na população. Com os efeitos dos preços mais altos, os banco centrais buscam aumentar as taxas de juros, restringindo a atividade econômica para evitar a continuidade da inflação.
Contudo, os efeitos são negativos e, apesar de o Brasil ter um índice de inflação controlado, a restrição nas principais economias do mundo segue afetando o país.
Inflação mais alta no mundo
As principais economias do mundo ainda sentem os impactos da pandemia nos preços para o consumidor. Isso porque a inflação segue elevada, mesmo que longe do pico do indicador durante a pandemia. Resultado disso é a necessidade de os bancos centrais aumentarem os juros, o que afeta o mundo todo.
Isso porque as principais economias são, também, as que mais sustentam o crescimento do mundo. Por isso, problemas na China, nos Estados Unidos e na Europa afetam todo o globo. Com uma atividade mais restrita e taxas de juros que apertam a economia, países, como o Brasil, têm mais dificuldade em destravar o crescimento econômico.
Durante a pandemia, a restrição de circulação das pessoas fez com que a produção de produtos básicos fosse diminuída. O resultado disso foi uma redução da oferta, o que aumenta preços. No mesmo cenário, governos deram diversos incentivos para manter o poder de compra da população. Além disso, terminada a pandemia, a guerra na Ucrânia afetou o mundo todo, em especial os mercados de commodities.
Por outro lado, por conta da guerra, Estados Unidos e Europa concederam crédito para os países através de compras de equipamentos militares. Na prática, isso significa mais dinheiro em circulação, o que, segundo economistas, também aumenta os preços e, por consequência, a inflação.
No Brasil, o cenário é diferente
Os mercados desenvolvidos ainda sofrem com a alta da inflação, mas isso não acontece com as economias emergentes. Isso porque esses países aumentaram as suas taxas de juros antes das economias desenvolvidas, o que segurou a alta dos preços. É o caso do Brasil, mas também de outros países da região.
Por conta disso, atualmente o Brasil possui índices de inflação menores que de muitos países desenvolvidos. Contudo, o crescimento ainda parece restrito ao cenário econômico dos países desenvolvidos. Por lá, gradativamente a economia volta a aquecer, o que se reflete nas previsões de crescimento do PIB.
No Brasil, a expectativa é de uma alta de 2,92% para 2023 e de 1,5% para 2024. O banco Goldman Sachs prevê um crescimento de 2,2% para os Estados Unidos nesse ano. Por conta disso, economistas acreditam que a economia brasileira deve destravar o crescimento assim que as economias desenvolvidas retomarem o controle da inflação.