A inflação na cidade de São Paulo encerrou 2022 em forte alta. De acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,54% em dezembro de 2022. A saber, o indicador mede a evolução dos preços de bens e serviços ao consumidor.
Com o acréscimo do resultado de dezembro, o IPC fechou o ano com uma inflação acumulada de 7,32%. A título de comparação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país, subiu 5,90% em 2022.
Na cidade de São Paulo, o que mais impulsionou a inflação e pressionou a renda dos brasileiros foram os alimentos. Em síntese, os preços deste itens dispararam 14,74% no ano passado, taxa duas vezes superior à inflação da cidade.
Também tiveram variações bastante expressivas em 2022 os grupos vestuário (11,49%), despesas pessoais (10,82%) e saúde (8,16%).
Por outro lado, a menor variação foi registrada pelo grupo transportes (1,11%). Em resumo, o avanço ficou muito tímido devido à lei complementar que limitou a cobrança do ICMS sobre os combustíveis. Aliás, a lei entrou em vigor no país no final de junho e derrubou os preços dos combustíveis.
Também vale destacar as variações dos grupos habitação (2,32%) e educação (6,68%), que também ficaram abaixo da inflação da cidade de São Paulo em 2022. No caso de habitação, a lei que limitou o ICMS também afetou a tarifa de energia elétrica, ajudando a derrubar a taxa do grupo.
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Inflação sobe no Brasil em 2022
De acordo com o IBGE, a inflação subiu em todos os 11 locais pesquisados em dezembro, conforme dados do IPCA-15. No acumulado de 2022, as maiores taxas foram registradas nas seguintes regiões metropolitanas:
- Rio de Janeiro (6,92%);
- Salvador (6,83%);
- São Paulo (6,55%);
- Brasília (5,91%);
- Recife (5,91%).
Isso mostra que a inflação de São Paulo, medida pela Fipe, foi ainda mais intensa que a registrada pelo IBGE. Seja qual tenha sido o avanço, a questão é que os habitantes da cidade sofreram no ano passado com preços mais altos que em 2021. Contudo, a expectativa é que a alta seja um pouco menor neste ano.
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