A inflação no Brasil ficou ainda mais forte em junho. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou 0,67% em junho. Com isso, passou a acumular uma alta de 11,89% nos últimos 12 meses até junho. A saber, o IPCA é a inflação oficial do Brasil.
Entre os itens que mais subiram, as passagens aéreas assumiram a liderança do ranking, após ficar em segundo lugar em maio. No mês passado, o item subiu 11,32%, passando a acumular uma forte alta de 122,40% nos últimos 12 meses. Em outras palavras, a variação das passagens aéreas foi mais de dez vezes superior à inflação do país no período.
Embora as passagens aéreas tenham apresentado a maior variação nos últimos meses, os combustíveis também afetaram fortemente o orçamento das famílias brasileiras. No mês passado, a gasolina e o diesel bateram recorde nos postos do Brasil, segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
No entanto, devido à nova lei federal, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, que limita a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), tanto a gasolina quanto o diesel começaram a cair nos postos de combustíveis. Essa é uma grande notícia para os brasileiros, que vinham sofrendo com os altos preços nos últimos meses.
Os combustíveis que estão na lista dos 50 itens que mais subiram nos últimos 12 meses são óleo diesel (56,36%), na 13ª posição, gás veicular (34,97%), na 21ª posição, e gasolina (26,93%), na 35ª posição. Apenas o etanol, que apareceu na lista em maio, saiu do ranking.
Veja os itens que ocuparam o top 10 no ranking nacional
Segundo os dados do IBGE, os dez itens que mais subiram em 12 meses tiveram altas superiores a 60%. Isso quer dizer que muita coisa no país teve uma alta mais de cinco vezes superior à inflação nacional, que já vem corroendo significativamente a renda dos brasileiros nos últimos tempos.
A propósito, o top dez foi formado pelos seguintes itens:
- Passagem aérea: 122,40%
- Pepino: 95,81%
- Cenoura: 83,99%
- Abobrinha: 82,99%
- Melão: 78,35%
- Batata-inglesa: 76,01%
- Morango: 75,03%
- Mamão: 74,55%
- Tomate: 67,04%
- Transporte por aplicativo: 62,56%
Por fim, outros itens importantes para os brasileiros que tiveram fortes altas nos últimos 12 meses foram café moído (61,83%), leite longa vida (37,61%), óleo de soja (29,34%) e gás de botijão (26,88%).
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