Após uma alta de 1,06% em abril, a inflação diminuiu, subindo apenas 0,47% em maio. Essa é a menor variação para um mês desde abril de 2021, quando a alta foi de 0,31%. No mesmo mês do ano passado, a variação foi de 0,81%. Com o resultado, o IPCA fechou os 12 meses em 11,73%, menor que os 12,13% do mês anterior anualizado.
E para entender a trégua do aumento dos preços, é preciso entender quem são os vilões e quem ajudou na queda. Passagens aéreas e medicamentos ficaram entre as principais altas do mês. Entre os responsáveis pela queda da inflação está a energia elétrica, que caiu 7,95% no mês.
O que mudou na inflação?
Mesmo com o resultado de maio, especialistas alertam que é o nono mês consecutivo de inflação acima dos 10%. Contudo, a desaceleração do aumento de preço dos alimentos e a queda do custo da energia elétrica são pontos bastante favoráveis para o IPCA desse ano. Apesar disso, o custo de vida segue alta e os salários não possuem um bom poder de compra.
Mesmo com a desaceleração, 8 dos 9 grupos estudados tiveram aumento de preços. Contudo, esse aumento foi menor que nos meses anteriores. O destaque ficou para a energia elétrica, que caiu 7,95%. O resultado foi uma diminuição no custo de Habitação como um todo, que caiu 1,70%. Vale lembrar que em abril houve o fim da cobrança extra de R$14,20 a cada 100 KwH. No grupo de Vestuário, a alta foi de 2,11%, seguido pelo grupo de Transportes, que subiu 1,34%.
O IBGE aponta também que a inflação não atingiu tantos produtos quanto nos meses anteriores. Além disso, produtos importantes, como os combustíveis, subiram 1% no mês, um percentual menor que os 3,20% do mês passado.
Com os resultados, economistas acreditam que a situação pode melhorar, mas que o Brasil, e o mundo, ainda passam por momentos de turbulência na economia.
O que fazer agora?
Com a desaceleração da inflação para o mês, analistas apontam para uma leve melhora do poder de compra. Dessa forma, há uma tendência de que o salário mínimo consiga comprar mais produtos, mesmo que o poder de compra em si ainda esteja bastante baixo. Para os próximos meses, a tendência é que o movimento continue, mas de forma gradual.
Com isso, as compras nos supermercados podem ficar menos pesadas para o bolso. Dessa forma, setores secundários da economia poderiam voltar a funcionar com mais dinamismo, como o setor de eventos e turismo. Por outro lado, economistas afirmam que a inflação segue em alta, o que resultará em mais um aumento da taxa de juros pelo COPOM, medida que também afeta o emprego.
Por isso, a dica ainda é segurar o orçamento doméstico, economizando nos gastos invisíveis e buscando pesquisar preços para driblar a inflação. Profissionais especializados em finanças pessoais afirmam que organização financeira e o corte de custos ainda são medidas que podem ajudar a fechar as contas no final do mês. De qualquer forma, o IPCA do mês não deixa de ser uma notícia animadora.