Dados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) apontam que a inflação dos Estados Unidos subiu para 9,1% nos últimos 12 meses. Essa é a maior alta de preços para o país em 41 anos, ao mesmo tempo que o aumento ficou acima da expectativa do mercado, que era de 8,8%. Com isso, aumentam as previsões de que o mundo entrará em recessão econômica.
Por isso, é importante saber o que está afetando a economia americana. Além disso, a informação é relevante para quem tem investimentos, que pode precisar fazer mudanças na carteira nos próximos aportes. Isso porque a inflação dos Estados Unidos afeta a economia do mundo todo.
Inflação nas alturas, Estados Unidos em alerta
O aumento dos preços atingiu valores recordes em 41 anos nos Estados Unidos. Com o aumento dos alimentos e dos combustíveis, os americanos veem o poder de compra ficando cada vez menor. Em relação ao mês passado, a inflação subiu 1,3%, acima dos 1,1% esperados pelo mercado. O preço médio da gasolina está no maior patamar da história.
Isso é especialmente relevante porque a última vez que o país viu uma inflação alta foi em 1981, época em que o petróleo também estava alto. No chamado “segundo choque do petróleo”, iniciado em 1979, o mundo inteiro sofreu com a estagflação. O cenário é parecido com o atual. Com isso, a vida dos americanos também não está fácil.
Por lá, o galão da gasolina subiu para US$5 pela primeira vez na história. Com a notícia, o mercado levantou ainda mais a hipótese de um forte aumento de juros pelo FED, banco central do país, nos próximos dias. Enquanto a expectativa inicial era de 0,5 ponto percentual, agora espera-se um aumento de 0,75 ponto percentual.
Como isso afeta o Brasil?
A inflação dos Estados Unidos é um problema para a economia do mundo todo. Isso porque a situação ruim por lá faz com que o mudo todo tenha problemas para gerar empregos, baixar preços e manter a qualidade de vida da população. Para quem investe, a notícia mexe diretamente nos mercados financeiros e nos tipos de investimentos indicados.
Com os preços em alta, o Federal Reserve deve aumentar os juros. Dessa forma, a renda fixa fica mais atrativa, de modo que a bolsa de valores caia. Por isso, a renda variável fica de lado nas principais carteiras de grandes investidores, que passarão a buscar títulos de renda fixa para montar investimentos para o longo prazo.
Além disso, não existe uma expectativa de diminuição da inflação. Com isso, a economia deve se manter desaquecida por algum tempo, o que faz com que a bolsa de valores tenham problemas para se recuperar nos próximos meses. Por isso, a recomendação de especialistas é ir para a renda fixa, mas deixar um pequeno valor para a renda variável tradicional e para as criptomoedas.
Na parte da renda fixa, é possível que o investidor encontre opções atrativas de fundos de investimentos em crédito privado, bem como um Tesouro Direto com taxas altas. Para quem tem um pouco mais de dinheiro para investir, ir para os CDBs, para as LCIs e as LCAs pode ser uma excelente dica de bons retornos.