O famoso prato feito (PF) é consumido por milhões de brasileiros todos os dias. A refeição, geralmente composta por sete itens, sempre foi uma opção barata para a população. Contudo, a inflação dos alimentos vem deixando o prato com um preço cada vez menos popular.
De acordo com dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, o PF está 17,6% mais caro que há 12 meses. A título de comparação, se uma pessoa gastasse R$ 100 em abril desse ano para comprar os itens do PF, o valor utilizado há um ano com os mesmos ingredientes teria sido R$ 85.
Veja abaixo quais itens compõem o PF e qual a inflação que cada um deles acumulou nos últimos 12 meses:
- Arroz: -11,53%
- Feijão-preto: -6,99% / Feijão-carioca: +9,40%
- Alcatra: +13,17%
- Ovo: +17,70%
- Alface: +45,04%
- Batata: +63,40%
- Tomate: +103,26%
Isso mostra que apenas dois itens tiveram redução em seus preços em um ano. Por outro lado, os itens restantes acumularam fortes avanços no período, em especial o tomate. Aliás, o produto nem foi o que mais subiu no período. A liderança ficou com a cenoura, que disparou 178,02% em 12 meses.
Alimentos se tornam ‘vilões’ da inflação
Em resumo, a inflação do país subiu 12,13% nos últimos 12 meses encerrados em abril. A taxa ficou muito expressiva, em grande parte, graças à alimentação no domicílio, que disparou 16,12% no período. A saber, a variação desses itens exclui a comida comprada em restaurantes.
Segundo especialistas, os preços dos alimentos podem subir ainda mais no decorrer do ano. Há diversos fatores que vêm impulsionando a inflação no Brasil, atingindo os alimentos. Aliás, problemas climáticos afetaram a colheita de importantes alimentos e o encareceram nos últimos tempos, como o feijão e o tomate.
Além disso, a guerra na Ucrânia, que completou três meses no último dia 24, segue pressionando a inflação global. A população deve se preparar para ter pagar ainda mais caro pelos alimentos.
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