O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) revelou na quarta-feira (29) que o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) variou 0,59% em junho, após subir 0,52% em maio. A saber, este indicador é conhecido como inflação do aluguel.
Em resumo, o índice funciona como um indexador de contratos, incluindo os de locação de imóveis. No entanto, o IGP-M não fica limitado a aluguéis, atingindo também contratos de tarifas públicas e seguros, por exemplo. Além disso, influencia mensalidades de escolas e universidades, tarifa de energia elétrica e planos de saúde.
Com o acréscimo do resultado de junho, o índice passou a acumular uma variação de 8,16% em 2022 e de 10,70% nos últimos 12 meses. Em junho do ano passado, a inflação do IGP-M havia registrado uma alta semelhante, de 0,60%. No entanto, acumulava uma alta bem mais expressiva em 12 meses, de 35,75%.
“Nesta edição, os principais destaques do IPA foram: óleo Diesel (de 3,29% para 6,96%), leite in natura (de 7,47% para 4,40%) e automóveis (de 0,57% para 2,31%) e, mesmo com tais pressões, a taxa em 12 meses do índice ao produtor seguiu em desaceleração, alcançando o seu menor patamar desde julho de 2020, quando acumulava alta de 9,27%”, disse André Braz, coordenador dos Índices de Preços do FGV Ibre.
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Taxa do IGP-M abrange três índices
Em suma, a inflação do IGP-M é formada por três indicadores: Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). Destes, apenas o IPA desacelerou em junho, por isso que o IGP-M avançou no mês.
A saber, o IPA passou de 0,45% em maio para 0,30% em junho. Em síntese, o índice foi enfraquecido por itens como soja em grão (1,67% para -0,80%), cana-de-açúcar (3,81% para -0,09%) e suínos (9,70% para -6,26%), cujas taxas caíram significativamente.
Em contrapartida, o IPC acelerou em junho (0,35% para 0,71%). Isso ocorreu devido ao acréscimo registrado em apenas dois dos oito grupos pesquisados, que foi suficiente para impulsionar o índice no mês.
Os avanços vieram dos grupos habitação (-2,57% para 0,65%), impulsionado item tarifa de eletricidade residencial (-13,71% para -0,34%) e vestuário (1,20% para 1,52%), com destaque para o item roupas (1,36% para 1,75%).
Por fim, o INCC subiu de 1,49% em maio para 2,87% em junho. Veja as variações dos três grupos componentes do índice no mês: materiais e equipamentos (1,67% para 1,58%), serviços (0,92% para 0,50%) e mão de obra (1,43% para 4,37%).
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