O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (9) os mais recentes dados sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. A saber, este índice é a prévia oficial da inflação do país. Em suma, o indicador subiu 0,25% em janeiro deste ano, contra 1,35% no mês anterior, ou seja, uma queda de 1,10 ponto percentual (p.p.). Essa retração foi puxada pela desaceleração em todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE.
Neste cenário, o grupo habitação apresentou a maior queda em janeiro, na comparação com dezembro do ano passado (2,88% para -1,07%). O grupo também exerceu o maior impacto negativo (passando de 0,45 p.p. para -0,17 p.p.). Aliás, este foi o único impacto negativo entre os grupos em janeiro. E isso aconteceu, especialmente, devido à queda de 5,60% no item energia elétrica, que exerceu o maior impacto negativo no índice do mês (-0,26 p.p.). A propósito, a queda veio devido à bandeira amarela, que aumenta o valor das contas em R$ 1,343 a cada quillowats-horas consumidos. Em dezembro, vigorava a bandeira vermelha patamar 2, que elevava muito mais os preços (R$ 6,243).
Veja detalhes de outros grupos
O grupo artigos de residência ficou com a segunda maior queda percentual (1,76% para 0,86%), contribuindo levemente para a inflação do IPCA (0,07 p.p. para 0,03 p.p.). Nesse caso, itens de mobiliário exerceram o maior impacto do grupo (0,02 p.p.), devido à alta de 1,48% no mês. A saber, nos últimos cinco meses, o grupo acumula avanço de 8,82%. Também vale mencionar as variações de eletrodomésticos e equipamentos (1,58%) e artigos de cama, mesa e banho (1,27%).
Já o grupo transportes despencou de 1,36% em dezembro para 0,41% em janeiro. Assim, o impacto passou de 0,27 p.p. para 0,08 p.p. Ao mesmo tempo, alimentação e bebidas, grupo de maior influência no IPCA, caiu de 1,74% para 1,02%. Já o impacto recuou de 0,36 p.p. para 0,22 p.p. Em suma, os principais itens que puxaram a variação pra baixo foram: alimentos para consumo no domicílio (2,12% para 1,06%), frutas (6,73% para 2,67%) e carnes (3,58% para -0,08%). Além disso, leite longa vida (-1,35%) e óleo soja (-1,08%) também ajudaram a desacelerar o IPCA.
Por fim, também houve desaceleração nas taxas dos grupos vestuário (0,59% para -0,07%), comunicação (0,39% para 0,02%), educação (0,48% para 0,13%), despesas pessoais (0,65% para 0,39%), saúde e cuidados pessoais (0,40% para 0,32%).
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