Os brasileiros sofreram com o aumento nos preços das refeições em 2022. A saber, as duas principais refeições do dia ficaram mais caras no país, em comparação a 2021. Isso mesmo, o café da manhã pareceu mais amargo, enquanto o famoso “prato feito” (PF) ficou mais salgado do que os brasileiros gostariam.
Diversos itens tiveram fortes altas em seus preços, como leite, queijo, carne, frutas e legumes. Em síntese, isso aconteceu, em grande parte, devido ao encarecimento de muitas matérias-primas. Esse aumento no custo de produção fez os agricultores reduzirem a área e os itens plantados, diminuindo a oferta e encarecendo os alimentos.
Em meio a essas dificuldades, o popular PF, muito associado à comida do dia a dia que possui valor mais acessível, fechou 2022 bem mais caro que em 2021. Veja abaixo os itens cujos preços tiveram as maiores altas no ano passado.
- Cebola: 130%
- Batata: 52%
- Feijão: 27,7%
- Ovo: 18,4%
- Alface: 16,4%
- Tomate: 11,9%
- Arroz: 6%
- Frango: 4,3%
- Contrafilé: 4,2%
Vale destacar que as proteínas animais apresentaram as variações mais tímidas, o que ajudou a limitar um pouco a inflação do PF. Isso porque estes itens são os mais caros do prato. Em outras palavras, caso tivessem apresentado variações mais expressivas, como o feijão, por exemplo, os brasileiros iriam ter um 2022 ainda mais difícil.
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Alimentos do café da manhã também ficam mais caros
Da mesma forma que os itens do prato feito ficaram mais caros em 2022, os alimentos presentes no café da manhã também pesaram mais no bolso dos brasileiros. Confira abaixo os itens que registraram os maiores avanços em 2022:
- Mamão: 26,7%
- Leite: 26%
- Banana: 23,61%
- Manteiga: 22%
- Pão: 18%
- Café: 13,5%
Em suma, vale destacar a variação do preço do leite longa vida. Embora tenha encerrado o ano com uma alta expressiva, o item chegou a acumular um avanço bem mais expressivo no meio do ano, acima de 50%. Contudo, os últimos meses ficaram marcados pela redução nos preços do leite.
Por fim, o levantamento considerou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP), da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e da Consultoria Safras & Mercados.
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