O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Bruno Serra, afirmou que o desafio mais duro da entidade financeira é reduzir a inflação de serviços.
A saber, a inflação do setor havia alcançado em agosto deste ano o maior patamar desde 2014. Contudo, em setembro, houve uma desaceleração na taxa, aliviando um pouco o bolso dos brasileiros.
Ainda assim, o desafio para reduzir a inflação dos serviços é bem complicado. Aliás, nem mesmo as recentes quedas no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, afetam os serviços da mesma maneira.
“Se a gente quer ter inflação ancorada na meta de 3% a partir de 2024, precisa desinflacionar serviços. 8,5% de [inflação de] serviços não é consistente com uma meta de 3%, a gente precisa trazer serviços de volta para o que era no pré-pandemia. Esse é talvez o desafio mais duro”, afirmou Serra.
A propósito, as declarações foram feitas durante um evento promovido pelo Bradesco Asset Management, na semana passada.
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País deve alcançar meta da inflação apenas em 2024
De acordo com o diretor do BC, a inflação deve convergir para a meta apenas no primeiro ou segundo trimestre de 2024. Isso mostra que a entidade financeira ainda terá que trabalhar para reduzir a inflação dos serviços no país.
No evento, Serra também evitou comentar sobre a política monetária do país devido ao momento ser de transição de governo. Ainda assim, ele afirmou que os mercados mundiais estão mais duros com a expansão dos gastos públicos, que ajudam a impulsionar a inflação.
“A gente passou por um período em que os mercados estavam mais lenientes com o fiscal e, finalmente, com o juro mais alto, os mercados estão reagindo a esse tipo de evento”, disse.
Por fim, ele afirmou que, apesar dos dados positivos após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda haverá muitos desafios para o Brasil em 2023, incluindo baixa liquidez nos mercados e enfraquecimento da atividade econômica de diversas nações.
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