A Páscoa está cada vez mais perto, e os brasileiros já estão pesquisando os itens mais baratos do mercado. De acordo com o levantamento, a inflação dos itens comuns ao brasileiro na Páscoa avançou 3,93% entre abril de 2021 e maio deste ano. Aliás, o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), foi o responsável pela pesquisa.
Embora os preços tenham subido, a variação em 12 meses ficou bem menor que a registrada nos 12 meses anteriores. Em resumo, a inflação acumulada entre abril de 2020 e março de 2021 chegou a impressionantes 25,6%, ou seja, 6,5 vezes maior que a variação observada em março deste ano.
“Em 2020/21, vivíamos uma tempestade perfeita para essa cesta especificamente. Os problemas climáticos e a forte desvalorização cambial afetavam tanto a produção nacional do campo como os importados”, disse Matheus Peçanha, economista e pesquisador do Ibre.
Veja os itens que tiveram o maior aumento no período
Segundo a FGV, a inflação dos alimentos presentes na mesa do brasileiro na Páscoa ficou bem menor que a variação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC). Em 12 meses, o indicador, também apurado pela FGV, teve alta de 9,18%.
Em suma, o arroz é o principal responsável pela variação pouco expressiva dos itens da Páscoa, visto que seus preços caíram 12,2% no período. Por outro lado, diversos itens registraram fortes avanços em 12 meses e impulsionaram o indicador no período.
A saber, a maior alta ficou com o couve, cuja inflação acumulada entre abril de 2021 e março de 2022 chegou a 21,50%. Em seguida, ficaram a batata-inglesa e a sardinha em conserva, cujas taxas avançaram 18,43% e 16,44%, respectivamente.
A FGV também listou outros produtos que tiveram alta no período: azeite (15,63%), azeitona em conserva (14,38%), bacalhau (11,50%), ovos (9,89%), pescados frescos (8,33%), bolo pronto (7,49%), cebola (6,41%), vinho (6,12%), bombons e chocolate (3,92%) e atum (3,59%).
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