O Índice de Preços ao Produtor (IPP) subiu 2,16% em outubro deste ano, taxa mais de oito vezes superior a de setembro (0,25%). A saber, o índice representa a inflação na indústria do país. Com o acréscimo dessa forte aceleração, o indicador continua acumulando um avanço expressivo em 2021, de 26,57%.
Além disso, a inflação acumulada pelo IPP nos últimos 12 meses chegou a 28,83%. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta quarta-feira (1º).
Em resumo, os preços de 22 das 24 atividades pesquisadas ficaram positivos em outubro. A propósito, o índice analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete, medindo a evolução de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação.
Ao mesmo tempo, o levantamento engloba informações por segmentos, como atividades e categorias econômicas. Dessa forma, abrange bens de capital, intermediários e de consumo separadamente. Os subgrupos de bens duráveis e não-duráveis também passam por análise.
Veja mais detalhes do aumento do índice
De acordo com o IBGE, as indústrias de transformação aceleraram em outubro (1,61% para 2,45%), impulsionando o IPP. Já a inflação nas indústrias extrativas seguiu negativa, mas bem menos intensa (-16,48% para -2,18%). No entanto, as indústrias de transformação exercem impacto bem mais expressivo no IPP do que as extrativas, por isso que houve alta do índice no mês.
A saber, as maiores variações acumuladas em 2021 vieram de: refino de petróleo e produtos de álcool (60,38%), outros produtos químicos (52,50%), metalurgia (45,95%) e indústrias extrativas (37,66%). Já as maiores influências foram de: refino de petróleo e produtos de álcool (5,09 p.p.), outros produtos químicos (4,21 p.p.), alimentos (4,03 p.p.) e metalurgia (3,00 p.p.).
Já em relação às grandes categorias econômicas, as maiores variações em outubro vieram dos bens intermediários (2,94%) e dos bens de capital (1,72%). Por outro lado, a alta menos expressiva foi dos bens de consumo (0,94%). Aliás, a taxa é uma média dos bens de consumo semiduráveis e não duráveis (0,94%) e bens de consumo duráveis (0,93%).
Por fim, esse é o 27º aumento consecutivo da inflação na indústria na comparação mês a mês. Isso quer dizer que os preços estão ficando mais caros desde agosto de 2019, sem recuarem em nenhum mês.
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