O Índice de Preços ao Produtor (IPP) variou 0,40% em setembro deste ano, taxa bem menor que a de agosto (1,89%). A saber, o índice representa a inflação na indústria do país. Embora a taxa tenha tido uma forte desaceleração, o indicador ainda acumula um avanço expressivo em 2021, de 24,08%.
Além disso, a inflação acumulada pelo IPP nos últimos 12 meses chegou a 30,59%. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta quarta-feira (27).
Em resumo, os preços de 20 das 24 atividades pesquisadas ficaram positivos em setembro. A propósito, o índice analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete, medindo a evolução de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação.
Ao mesmo tempo, o levantamento engloba informações por segmentos, como atividades e categorias econômicas. Dessa forma, abrange bens de capital, intermediários e de consumo separadamente. Os subgrupos de bens duráveis e não-duráveis também passam por análise.
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De acordo com o IBGE, as indústrias de transformação desaceleraram em setembro (1,95% para 1,77%), puxando o IPP pra baixo. Já a inflação nas indústrias extrativas recuou fortemente no mês e ficou negativa (1,16% para -16,48%). No entanto, as indústrias de transformação exercem impacto bem mais expressivo no IPP do que as extrativas, por isso a queda não foi tão expressiva do índice.
A saber, as maiores variações acumuladas em 2021 vieram de: refino de petróleo e produtos de álcool (49,69%), outros produtos químicos (43,38%), metalurgia (42,13%) e indústrias extrativas (40,72%). Já as maiores influências foram de: refino de petróleo e produtos de álcool (4,19 p.p.), alimentos (3,96 p.p.), outros produtos químicos (3,48 p.p.) e metalurgia (2,75 p.p.).
Já em relação às grandes categorias econômicas, a maior variação em setembro veio dos bens de consumo (1,37%). Em suma, a taxa é uma média dos bens de consumo semiduráveis e não duráveis (1,49%) e bens de consumo duráveis (0,73%). Em seguida, ficaram os bens de capital (1,30%) e os bens intermediários (-0,27%), que encerraram o mês no campo negativo.
Por fim, esse é o vigésimo sexto aumento consecutivo da inflação na indústria na comparação mês a mês. Isso quer dizer que os preços estão ficando mais caros desde agosto de 2019, sem recuarem em nenhum mês.
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