A inflação da indústria brasileira caiu 1,96% em setembro, na comparação com agosto. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a queda do o Índice de Preços ao Produtor (IPP) essa foi a segunda maior queda do indicador, superada apenas pelo tombo de agosto (-3,04%).
Embora a inflação tenha caído novamente, a taxa acumulada no ano continua positiva (5,87%), bem como a dos últimos 12 meses (9,76%). Aliás, a última vez que o IPP havia recuado por dois meses seguidos foi há mais de três meses, segundo Felipe Câmara, analista da pesquisa.
“Estamos diante de um movimento continuado, com os determinantes das reduções no nível geral de preços exercendo influência ao longo de um período que se estende para mais do que um único ponto da série”, disse.
“Em termos de perspectiva histórica, a última vez em que houve dois meses consecutivos de retração do IPP foi em junho/julho de 2019”, acrescentou.
Em resumo, o IPP analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete, medindo a evolução de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação.
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Entenda a queda do IPP em setembro
Da mesma forma que aconteceu em agosto, o setor de refino de petróleo e biocombustíveis exerceu o maior impacto na inflação industrial brasileira. Em síntese, os preços deste ramo tombaram 6,79%, exercendo uma influência de 0,89 ponto percentual no IPP.
Também tiveram destaque no recuo da inflação em setembro:
- Outros produtos químicos: -0,62 p.p.
- Alimentos: -0,27 p.p.
- Metalurgia: -0,24 p.p.
“Há um protagonismo da cadeia derivada do petróleo no índice desse mês”, disse Felipe Câmara.
Em setembro, os preços de 13 das 24 atividades pesquisadas pelo IBGE subiram, mas as quedas exerceram um impacto maior no IPP.
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