O Índice de Preços ao Produtor (IPP) subiu 1,18% em janeiro deste ano, após recuar 0,08% no mês anterior. Com isso, o indicador passou a acumular uma expressiva variação de 25,51% nos últimos 12 meses. A saber, o IPP mede a inflação na indústria brasileira.
Em resumo, os preços de 18 das 24 atividades pesquisadas ficaram positivos em janeiro. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta terça-feira (8).
O índice analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete, medindo a evolução de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação.
Ao mesmo tempo, o levantamento engloba informações por segmentos, como atividades e categorias econômicas. Dessa forma, abrange bens de capital, intermediários e de consumo separadamente. Os subgrupos de bens duráveis e não-duráveis também passam por análise.
Indústrias extrativas impulsionam inflação em janeiro
De acordo com o IBGE, as indústrias de transformação aceleraram levemente em janeiro (0,67% para 0,75%). Já a inflação nas indústrias extrativas saiu do campo negativo e disparou no mês, de -12,77% para 9,54%. Estes resultados fizeram o IPP ficar positivo em janeiro.
O levantamento também revelou que as atividades com as maiores variações mensais foram: indústrias extrativas (9,54%), bebidas (4,31%), madeira (3,14%) e papel e celulose (2,85%). Aliás, as indústrias extrativas exerceram a maior influência no IPP em janeiro, respondendo por 0,46 ponto percentual (p.p.) da variação de 1,18% da inflação da indústria geral.
As outras atividades que também se destacaram no mês com influências firmes foram refino de petróleo e biocombustíveis(0,25 p.p.), veículos automotores (0,15 p.p.) e metalurgia (-0,11 p.p.).
Já em relação às grandes categorias econômicas, a maior variação positiva em janeiro veio dos bens de capital (2,56%). Também tiveram variação positiva no mês os bens intermediários (1,73%) e os bens de consumo duráveis (1,20%). Em contrapartida, a inflação dos bens de consumo semiduráveis e não duráveis caiu 0,27%.
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