A inflação da indústria brasileira caiu 0,85% em outubro, na comparação com setembro. A saber, os dados se referem ao Índice de Preços ao Produtor (IPP), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar da queda mensal, a taxa acumulada no ano continua positiva (5,04%), bem como a dos últimos 12 meses (6,50%). Aliás, este foi o terceiro mês consecutivo de queda do IPP e seguiu os tombos de 1,93% em setembro e 3,04% em agosto.
“Em outubro, dos 24 setores analisados, 12 apresentaram queda e 12 tiveram alta. Mas como ocorreu nos meses anteriores, os setores que mais influenciaram o resultado mensal apresentaram variações negativas, o que ajuda a explicar o porquê da nova queda no IPP”, explicou Murilo Lemos Alvim, analista do IPP.
Em resumo, o IPP analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete, medindo a evolução de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação.
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Entenda a queda do IPP em outubro
De acordo com o Murilo Alvim, o setor de maior destaque no IPP é a indústria química. Em outubro, o setor teve a maior variação entre todas as atividades industriais pesquisadas, tombando 4,58% e puxando a inflação industrial para baixo (-0,44 ponto percentual).
Em síntese, esse resultado aconteceu devido à queda no preço dos fertilizantes e dos produtos orgânicos. “Os fertilizantes estão com uma oferta em crescimento que não tem sido acompanhada pela demanda, gerando a queda nos preços”, explicou Alvim.
“Esse aumento da oferta ocorre após um período de escassez no mercado externo por conta da guerra entre a Rússia e Ucrânia. Apesar da escassez recente, o Brasil fez um esforço e conseguiu um volume alto de importação e agora está com um estoque confortável”, acrescentou.
As outras atividades que também tiveram forte queda em seus preços no mês passado foram: indústrias extrativas (-3,44%), madeira (-2,39%) e refino de petróleo e biocombustíveis (-1,40%).
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