A inflação da indústria brasileira caiu 0,54% em novembro, na comparação com outubro. A saber, os dados se referem ao Índice de Preços ao Produtor (IPP), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar da queda mensal, a taxa acumulada em 2022 continua positiva (4,47%), ou seja, os preços dos produtos e serviços industriais seguem mais elevados que em 2021. Aliás, este foi o quarto mês consecutivo de queda do IPP.
“Essa queda está ligada particularmente ao preço de setores de maior peso na indústria brasileira, em particular alimentos e refino de petróleo”, disse o gerente de Análise e Metodologia do IBGE, Alexandre Brandão.
“No caso de alimentos, a entrada da safra de alguns produtos e uma menor demanda em outros casos explicam grande parte das quedas. No caso do refino, a razão principal é o comportamento do óleo bruto de petróleo, do setor indústrias extrativas, no mercado externo”, explicou.
Em resumo, o IPP analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete, medindo a evolução de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação.
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Entenda a queda do IPP em novembro
De acordo com o levantamento, o setor de maior destaque no IPP é a indústria química. Em novembro, o setor teve a maior variação entre todas as atividades industriais pesquisadas, com os preços caindo 4,41% em relação a outubro. Assim, impactou a inflação industrial em -0,41 ponto percentual (p.p.).
“A maior influência na queda de preços na indústria química, em outubro e novembro, está relacionada com a redução dos preços dos adubos”, informou Brandão.
“O Brasil importa grande parte do que consome, logo os preços dos produtos produzidos aqui acompanham os preços internacionais, e esses, depois de terem sido elevados no começo do conflito europeu, começaram a cair, com certa normalização dos fluxos de comércio”, acrescentou.
As outras atividades pesquisadas que também exerceram grande impacto na inflação industrial, puxando para baixo, foram: alimentos (-0,17 p.p.), refino de petróleo e biocombustíveis (0,12 p.p.) e indústrias extrativas (-0,08 p.p.)
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