O Índice de Preços ao Produtor (IPP) caiu 0,12% em dezembro de 2021, após variar 1,46% no mês anterior. Com isso, o indicador encerrou o ano com uma variação acumulada de 28,39%, recorde da série histórica. A saber, o IPP mede a inflação na indústria brasileira.
A variação do IPP em 2021 superou em 9,01 pontos percentuais (p.p.) a taxa acumulada em 2020 (19,38%). O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta terça-feira (1º).
Em resumo, os preços de 17 das 24 atividades pesquisadas ficaram positivos em dezembro. A propósito, o índice analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete, medindo a evolução de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação.
Ao mesmo tempo, o levantamento engloba informações por segmentos, como atividades e categorias econômicas. Dessa forma, abrange bens de capital, intermediários e de consumo separadamente. Os subgrupos de bens duráveis e não-duráveis também passam por análise.
Indústrias extrativas derrubam inflação em dezembro
De acordo com o IBGE, as indústrias de transformação desaceleraram em dezembro (1,89% para 0,63%). Ao mesmo tempo, a inflação nas indústrias extrativas continuou sua trajetória descendente, ao despencar de -5,21% para -12,77%. Estes resultados fizeram o IPP ficar negativo em dezembro.
Embora a inflação tenha ficado negativa no mês passado, diversas atividades acumularam fortes variações em 2021. As mais expressivas vieram de: refino de petróleo e biocombustíveis (69,72%), outros produtos químicos (64,09%), metalurgia (41,79%) e madeira (40,76%).
Por sua vez, os setores que exerceram as maiores influências no IPP em 2021 foram: refino de petróleo e biocombustíveis (com 5,88 p.p.), outros produtos químicos (5,14 p.p.), alimentos (4,77 p.p.) e metalurgia (2,73 p.p).
Já em relação às grandes categorias econômicas, a maior variação positiva em dezembro veio dos bens de capital (1,73%). Também tiveram variação positiva no mês: bens de consumo duráveis (0,76%) e bens de consumo semiduráveis e não duráveis (0,14%). A única taxa negativa ficou com os bens intermediários (-0,54%).
Por fim, vale destacar que a queda em dezembro da inflação na indústria brasileira ocorreu após 28 meses seguidos de alta, na comparação mensal. Em outras palavras, os preços vinham ficando mais caros desde agosto de 2019, sem caírem em nenhum mês, mas isso parou em dezembro de 2021.
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