O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) variou 0,64% em janeiro deste ano. A saber, a taxa superou em 0,34 ponto percentual (p.p.) a inflação registrada em dezembro do ano passado (0,30%). Com o acréscimo desse resultado, o indicador da construção passou a acumular uma variação de 13,70% em 12 meses.
Em resumo, o INCC-M monitora “a evolução dos preços de materiais, serviços e mão-de-obra destinados à construção de residências no Brasil”, diz o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), responsável pelo levantamento. Aliás, o instituto divulgou os dados nesta quarta-feira (26).
O avanço da inflação da construção em janeiro ocorreu devido ao avanço dos três principais subíndices do INCC-M. A alta mais tímida foi registrada pelo índice referente à mão de obra (0,10% para 0,14%).
Já no grupo materiais, equipamentos e serviços, os avanços foram bem mais expressivos. Em suma, o componente de serviços saltou de 0,57% para 1,28% entre dezembro e janeiro. Nesse componente, o item taxas de serviços e licenciamentos exerceu o maior impacto, ao disparar de 0,00% para 4,81%.
Da mesma forma, o índice de materiais e equipamentos também teve forte aceleração em janeiro, de 0,48% para 1,05%. A saber, dois dos quatro componentes do índice aceleraram no mês, com destaque para materiais para estrutura, cuja taxa subiu -0,45% para 0,66%.
Inflação acelera em seis das sete capitais pesquisadas no mês
O levantamento da FGV também mostrou que seis das sete capitais pesquisadas registraram aceleração da inflação em janeiro. A propósito, o único recuo ocorreu em Brasília, cuja taxa caiu de 1,01% para 0,48%. Com isso, a capital gaúcha passou a apresentar a segunda menor variação entre os locais pesquisados.
Enquanto isso, as outras seis capitais tiveram alta em suas variações: Salvador (0,11% para 0,86%), São Paulo (0,25% para 0,70%), Porto Alegre (0,43% para 0,61%), Belo Horizonte (-0,13% para 0,58%), Rio de Janeiro (0,31% para 0,48%) e Recife (0,29% para 0,47%). Os acréscimos variaram entre 0,75 p.p. e 0,17 p.p.
Por fim, a FGV destacou que a maior influência positiva veio do item elevador, cuja taxa subiu de 0,62% para 2,22%. Em contrapartida, a influência negativa mais intensa foi registrada por tubos e conexões de ferro, apesar de a inflação avançar no mês, mas continuar negativa (-1,16% para -0,56%).
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