O Índice de Preços ao Produtor dos Estados Unidos (PPI, na sigla em inglês) subiu 0,8% em fevereiro deste ano. A saber, a taxa da inflação veio levemente abaixo das estimativas de analistas, que projetavam um avanço de 0,9% no mês.
A taxa ficou inferior à variação registrada em janeiro (1,0%), mas ficou duas vezes maior que a taxa de dezembro (+0,4%). O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgou os dados nesta terça-feira (15).
Em suma, o PPI analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete. Aliás, a oscilação da inflação industrial dos EUA ainda não refletiu os impactos da guerra entre Rússia e Ucrânia, que fez os preços de commodities importantes dispararem nos últimos dias, como petróleo e trigo.
O Departamento do Trabalho ainda revelou que o núcleo do PPI também subiu menos que o esperado em fevereiro. Em resumo, o núcleo da inflação exclui itens voláteis como alimentos e energia. No mês, o avanço foi de 0,2%, bem abaixo das expectativas de analistas, que acreditavam em um avanço de 0,6%.
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Com o acréscimo do resultado de fevereiro, o PPI acumulado nos últimos 12 meses chegou a 10,0%. Nesse caso, o resultado veio em linha com as estimativas do mercado. No entanto, vale destacar que a taxa ficou acima da registrada em janeiro (9,7%). Por outro lado, o núcleo da inflação acumulou avanço de 6,6% em relação aos 12 meses imediatamente anteriores, abaixo da taxa de janeiro (6,9%).
A saber, a alta do Índice de Preços ao Produtor dos EUA ainda reflete os impactos provocados pela pandemia da Covid-19. Em síntese, a crise sanitária ainda afeta as cadeias globais de suprimentos. Por isso, a expectativa é que a inflação continue forte no país pelos próximos meses. Isso sem considerar as consequências da guerra na Ucrânia.
Vale destacar que o aumento dos preços ao produtor não são necessariamente repassados ao consumidor. Contudo, as leituras do PPI tendem a indicar as trajetórias de outras medidas importantes de inflação.
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