O Índice de Preços ao Produtor dos Estados Unidos (PPI, na sigla em inglês) subiu 1,0% em janeiro deste ano. A saber, a taxa da inflação superou as estimativas de analistas, que projetavam um avanço de 0,5% no mês.
A taxa superou as duas últimas variações, registradas em novembro (+0,9%) e em dezembro (+0,4%). O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgou os dados na terça-feira (15).
Em suma, o PPI analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete. Aliás, a alta inesperada da inflação industrial dos EUA segue preocupando o país.
O Departamento do Trabalho ainda revelou que o núcleo do PPI também subiu mais que o esperado em janeiro. Em resumo, o núcleo da inflação exclui itens voláteis como alimentos e energia. No mês, o avanço foi de 0,8%, acima da expectativa de analistas, de alta de 0,4%.
Veja mais detalhes da inflação ao produtor nos EUA
Com o acréscimo do resultado de janeiro, o PPI acumulado nos últimos 12 meses chegou a 9,7%. Da mesma forma, o resultado superou as estimativas do mercado, de alta de 9,1%. No entanto, vale destacar que a taxa ficou abaixo da registrada em dezembro do ano passado (9,8%). Já o núcleo da inflação acumulou avanço de 6,9% em relação aos 12 meses imediatamente anteriores.
A saber, a alta do Índice de Preços ao Produtor dos EUA é uma das consequências provocadas pela pandemia da Covid-19. Em síntese, a crise sanitária ainda afeta as cadeias globais de suprimentos. Por isso, a expectativa é que a inflação continue forte no país pelos próximos meses.
É importante ressaltar que os dados deverão desacelerar nos próximos meses, apesar de continuarem expressivos. Isso acontecerá porque as grandes altas do PPI no ano passado começarão a sair do cálculo anual.
Leia Mais: Petróleo volta a subir em meio a incertezas vindas do leste europeu