A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou nesta quinta-feira (3) os dados mais recentes da inflação registrada por seus países membros.
A saber, a taxa inflacionária dos países da OCDE disparou de 6,6% em dezembro de 2021 para 7,2% em janeiro deste ano. Esta é a maior taxa já registrada desde 1991, ou seja, em 32 anos.
Em resumo, esse cenário pressiona cada vez mais os bancos centrais a aumentarem os juros para conter a disparada da inflação. E foi a variação na Turquia que exerceu o maior impacto para o resultado de janeiro, assim como no mês anterior. No país, a taxa inflacionária chegou a 48,7% em janeiro.
A OCDE revelou que, ao excluir a Turquia, a inflação média entre seus países ficaria em 5,8% em janeiro, ante 5,5% em dezembro do ano passado. A propósito, os preços dos serviços tiveram forte alta na maioria dos países da OCDE. Já os preços da energia e, em menor grau, dos alimentos permaneceram subindo em todos os países da entidade.
Veja mais detalhes da inflação
De acordo com a OCDE, a elevação da inflação nos últimos meses é resultado dos altos preços de diversas commodities. No G20, grupo das maiores economias desenvolvidas e emergentes, a Argentina teve a maior taxa, apesar de sua variação ter sido quase nula no mês, de 50,7% para 50,9%.
Inclusive, apenas a Argentina e a Turquia apresentaram uma taxa anual superior a do Brasil em janeiro, que chegou a 10,4% no mês. Ou seja, o país teve a terceira maior inflação entre os países membros da OCDE no período. Já a taxa na Rússia subiu de 8,4% para 8,7% no acumulado anual. Este percentual deve subir mais fortemente devido à guerra na Ucrânia.
Por fim, a OCDE também revelou que a inflação no G20 subiu de 6,1% em dezembro para 6,5% em janeiro. Já no G7, que reúne as maiores economias industrializadas do planeta, os destaques foram Itália, Estados Unidos e Canadá, cujas taxas subiram 0,9, 0,5 e 0,3 ponto percentual, respectivamente.
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