Em abril subiu 0,61%, a inflação do Brasil, medida pelo IPCA, por conta do aumento dos preços tanto de alimento quanto de medicamentos, segundo os dados do IBGE. Ao contrário, do mês de março, o aumento foi de 0,71%, ficando acima das estimativas do mercado, porém houve uma desaceleração de um mês para o outro.
Ainda assim, houve uma desaceleração de 4,18%, isso em doze meses, foi o menor índice desde outubro de 2020. Tendo em vista, que a inflação para 2023, seja de 3,25%, tendo uma margem de erro de 1,5 para mais, ou para menos, o índice de inflação de abril está abaixo do teto.
Por fim, podendo se tornar uma notícia ruim para o governo Lula, pois o aumento nos núcleos de inflação ainda dá sinal de ser uma pressão resistente. Uma avaliação realizada pelo economista-chefe Gustavo Sung, observou-se que apesar da queda no acúmulo de doze meses, o IPCA de abril apresentou alguns sinais negativos.
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Núcleos de Inflação voltaram a acelerar
Do mês de março para abril, subiu de 0,36% para 0,51%, a média dos núcleos. No resultado de doze meses, se encontra em 7,26%, o acumulado está acima do previsto pelo Banco Central.
Nesse sentido, segundo o economista-chefe Sung, esse dado merece cautela e precisa ser analisado até a próxima reunião do Copom. Pois a autoridade monetária só iniciara o processo de cortes na taxa de juros, quando tiver certo que a inflação esteja em uma trajetória estável e em direção à meta.
Portanto, deve-se levar em destaque a inflação dos núcleos de inflação, que acelerou novamente no mês de abril. A economista-chefe da Tenax Capital Débora Nogueira, com relação aos núcleos de inflação, disse: “A inflação de serviços é a mais resiliente. Observar em que patamar a inflação dessa parte do índice consegue se estabilizar é importante para entendermos quanto a política monetária ainda terá de trabalho”.
A desinflação e o processo de queda nos juros
A inflação de serviços, tem como expectativa que acumule alta de 7% esse ano vindo de 7,6% em 2022. A economista Débora ainda explica que a desinflação pertencente a esse grupo terá que acontecer em duas etapas.
Ou seja, a primeira etapa já foi realizada, que foi o reajuste de preços relativos, no entanto, a segunda é mais custosa, seria o aperto monetário na economia, e já está ocorrendo. O índice de abril, não estabelece uma tendência de um aumento para o indicador, só que dificulta a desinflação desse grupo.
Assim, o risco do aumento da inflação podem vir de uma inflação de serviços que apresentam ser ainda muito resiliente. Então, viveremos em um campo negativo em relação à tributação, no qual poderá ser compensada com cortes de preços de combustíveis nas refinarias.
Posto isso, é necessário que esse processo ocorra, para que a pressão que o governo faz sobre o banco central, se torne uma realidade. Dado que o Banco Central segue mantendo a taxa de juros em 13,75% ao ano, argumentando justamente que os núcleos de inflação seguem resilientes.
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