Caracteriza-se infecção urinária recorrente quando se tem no mínimo 3 infecções por ano. Ou, caso haja no mínimo duas infecções em um período de seis meses. Essa condição é mais frequente entre mulheres sexualmente ativas. Pois, a própria anatomia feminina favorece as infecções frequentes.
Dessa forma, a uretra da mulher é mais curta do que a do homem e está mais próxima do ânus, o que favorece os quadros de infecção.
Quais as causas de infecção urinária recorrente?
Anatomia: como já foi dito, a uretra da mulher já é um fator de risco. Porém, não é só a mulher que tem infecção urinária! Portanto, outros fatores anatômicos associam-se à infecção. Entre eles, a má formação dos canais urinários e a presença de refluxo da urina. Quando ocorre essa situação, a pessoa geralmente tem quadros de infecção durante a infância.
Vida sexual ativa: esta é a causa de infecção urinária recorrente em dois terços das mulheres jovens.
Higiene: uma má higiene da região íntima favorece que bactérias do meio externo subam pela uretra. Assim, elas alcançam a bexiga, local onde elas crescem e causam os sintomas de infecção.
Limpeza excessiva: o fato de limpar demais a região íntima também é um fator de risco para infecções. Pois, as substâncias de limpeza matam não só as bactérias ruins que causam infecção. Mas, também eliminam as bactérias boas que competem com as más. Dessa forma, perde-se uma barreira de proteção contra os piores agentes.
Material sintético: as roupas íntimas feitas desses materiais impedem a respiração da pele. Assim, como o contato com o oxigênio é difícil, bactérias que não precisam dele irão adorar. Ou seja, haverá a proliferação de bactérias conhecidas como anaeróbicas e até fungos.
Pouca ingestão de água: a urina também tem a função de “limpar” os canais urinários. Pois, com a sua saída ela consegue lavar a uretra e retirar bactérias que estão por ali.
Como tratar ITU recorrente?
Para se tratar uma infecção urinária recorrente é preciso três processos.
1. Tratar o quadro de infecção atual: é importante que você vá ao médico e conte sua história. Ele irá prescrever um antibiótico específico para o tratamento. Dessa forma, você terá alívio dos sintomas e evitará complicações da infecção. Por exemplo, infecção nos rins (pielonefrite) e até sepse.
2. Profilaxia: esta será a parte mais importante do tratamento. Aqui será necessário desenvolver o hábito de higienizar corretamente a região íntima. Por exemplo, as mulheres devem evitar passar o papel higiênico na direção ânus-vagina para não arrastar bactérias. Além disso, evitar o uso de espermicidas no ato sexual. O ato de urinar e lavar a região genital após o coito também é um passo importante.
Dar preferência ao uso de roupas de algodão que permitem a respiração da pele. Por fim, seu médico irá julgar a necessidade de fazer uso de antibióticos por algum tempo. Não se esqueça de beber água!
3. Investigação: o terceiro passo irá depender do segundo. Ou seja, quando não há melhora mesmo seguindo todos os passos anteriores. Assim, será necessária a investigação com exames de imagens e até de sangue para avaliar qual o motivo. Pois, outros fatores menos comuns poderão estar relacionados com a persistência da infeção. De qualquer modo, não esqueça de procurar o seu médico.