A indústria brasileira cresceu 24% em maio deste ano, na comparação com o mesmo período de 2020. Esse resultado é o segundo maior já registrado pela série histórica nessa base comparativa, superado apenas pelo crescimento observado no mês anterior (34,7%).
A saber, as taxas vêm alcançado resultados bastantes expressivas por causa da pandemia da Covid-19, decretada em março do ano passado. Isso porque os primeiros meses da crise sanitária acabaram afundando diversos setores econômicos do Brasil e do mundo.
Em resumo, as quatro grandes categorias econômicas industriais pesquisadas subiram no período, bem como 22 dos 26 ramos de atividades, 69 dos 79 grupos e 76,3% dos 805 produtos pesquisados. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta sexta-feira (2).
Segundo o levantamento, os maiores impulsos vieram de: veículos automotores, reboques e carrocerias (216,0%), máquinas e equipamentos (64,9%) e metalurgia (49,3%). Indústrias extrativas (11,8%) e produtos de minerais não-metálicos (47,1%) também se destacaram, segundo o IBGE.
Ao mesmo tempo, vale ressaltar o avanço de: produtos químicos (25,5%), produtos de borracha e de material plástico (33,2%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (97,6%) e produtos de metal (33,2%). Outros equipamentos de transporte (192,2%) e produtos têxteis (70,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (47,6%), bebidas (21,4%) e produtos diversos (107,1%) completaram o ranking dos maiores impactos positivos.
Por outro lado, entre os quatro ramos de atividades que caíram no período, as maiores influências negativas exercidas no indicador industrial vieram de produtos alimentícios (-4,9%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-5,9%).
Veja mais detalhes sobre as categorias da indústria
Entre as categorias econômicas, os bens de consumo duráveis dispararam 149,4% no mês e lideraram os avanços. Esse resultado aconteceu graças ao crescimento expressivo dos seguintes itens: motocicletas (634,3%), fabricação de automóveis (340,4%) e eletrodomésticos da “linha branca” (104,6%).
Em seguida veio o grupo de bens de capital, que cresceu 76,7% em maio e emendou a nona taxa positiva seguida. A propósito, todos os grupamentos cresceram, com destaque para equipamentos de transporte (155,3%). Também subiram os bens de capital para fins industriais (56,7%), agrícolas (55,8%), para construção (75,1%), uso misto (39,9%) e energia elétrica (9,3%)
Por fim, a produção de bens intermediários cresceu 18,1% em maio e emendou a décima primeira alta seguida nessa base comparativa. E a alta menos intensa ficou com bens de consumo semi e não duráveis (13,2%), impulsionada, principalmente, pelos grupamentos de semiduráveis (63,4%).
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