A indústria brasileira cresceu 12% em junho deste ano, na comparação com o mesmo mês de 2020. Esse resultado sucede os dois maiores avanços já registrados pela série histórica nessa base comparativa, em abril (34,7%) e em maio (24,0%) deste ano.
A saber, as taxas vêm alcançado resultados bastantes expressivos por causa da pandemia da Covid-19, decretada em março do ano passado. Em resumo, os primeiros meses da crise sanitária acabaram afundando diversos setores econômicos do Brasil e do mundo, e a indústria brasileira não escapou dessa realidade.
Vale destacar que todas as quatro grandes categorias econômicas industriais pesquisadas subiram em junho no comparativo anual. Da mesma forma, 19 dos 26 ramos de atividades, 60 dos 79 grupos e 65,6% dos 805 produtos pesquisados também apresentaram resultados positivos neste ano. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta terça-feira (3).
De acordo com o levantamento, os maiores impulsos vieram de: veículos automotores, reboques e carrocerias (81,5%), metalurgia (47,7%) e máquinas e equipamentos (52,5%). Os ramos de produtos de minerais não-metálicos (25,5%), de outros produtos químicos (13,1%) e de confecção de artigos do vestuário e acessórios (54,0%) também se destacaram, segundo o IBGE.
Ao mesmo tempo, vale ressaltar o avanço dos produtos de couro, artigos para viagem e calçados (53,8%), produtos diversos (44,1%), produtos têxteis (28,8%) e outros equipamentos de transporte (37,2%). Produtos de borracha e de material plástico (13,0%), produtos de metal (11,7%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (13,3%) também se destacaram.
Por outro lado, entre as sete atividades que caíram no período, a maior influência negativa veio novamente de produtos alimentícios (-7,3%). Segundo o IBGE, o setor acabou pressionado pela menor fabricação dos itens açúcar cristal e VHP no mês.
Veja mais detalhes sobre as categorias da indústria
Entre as categorias econômicas, os bens de capital (54,8%) e bens de consumo duráveis (31,0%) registraram as maiores altas de junho entre as grandes categorias econômicas. A saber, os bens intermediários (10,8%) e os bens de consumo semi e não duráveis (1,6%) também cresceram, mas de maneira menos expressiva.
Uma ressalta que o IBGE faz é sobre a base comparativa, junho do ano passado. À época, todas as grandes categorias da indústria registraram fortes tombos em suas produções. Por isso, o resultado deste ano não pode ser visto como confirmações da recuperação total do setor industrial brasileiro.
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