A produção industrial do Brasil caiu 10,1% em setembro deste ano, na comparação com agosto. Esse forte recuo sucede quatro meses de alta da indústria brasileira, que vinha se mantendo em patamar positivo até então.
A saber, os dados fazem parte da Sondagem Industrial, pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada nesta terça-feira (18).
De acordo com a entidade, o nível de produção da indústria brasileira caiu de 54,5 pontos em agosto para 49 pontos em setembro.
Vale destacar que dados acima da linha divisória dos 50 pontos indicam aumento da produção. Em contrapartida, valores abaixo dessa marca refletem a retração da produção industrial.
Já o número de empregados na indústria brasileira cresceu pelo quinto mês seguido. Em setembro, o nível do índice chegou a 51,4 pontos, ficando acima da linha dos 50 pontos, mas apresentando desaceleração em relação a agosto (52,2 pontos).
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Otimismo dos empresários da indústria brasileira recua
De acordo com a CNI, os empresários industriais se mostraram menos otimistas em outubro. Em resumo, as expectativas em relação aos próximos seis meses se enfraqueceram, puxadas por dados mais fracos sobre demanda pelos produtos, exportação, compra de insumos e contratação de empregados.
Apesar de o otimismo ter recuado em outubro, as expectativas dos empresários industriais permaneceram no território positivo em relação aos próximos meses.
“Apesar da desaceleração da produção em setembro e das expectativas menos otimistas, a normalização da cadeia e suprimentos é um elemento central para a retomada do ritmo de produção industrial”, explicou a economista da CNI, Larissa Nocko.
Segundo a entidade, “o preço médio das matérias-primas desacelerou no terceiro trimestre de 2022 em relação ao segundo trimestre e alcançou o menor patamar desde o período pré-pandemia”. Esse resultado é bastante positivo para o setor.
Em suma, o indicador que mede a evolução do preço de matérias-primas caiu 10,7 pontos no trimestre, para 56,2 pontos. “Esse dado reforça a percepção da indústria de normalização, ainda que parcial, da cadeia de suprimentos e, por consequência, da maior satisfação com a situação financeira das empresas”, explicou a CNI.
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