A produção industrial do Brasil cresceu 0,3% em outubro deste ano, na comparação com o mês anterior. O avanço sucede dois meses consecutivos de queda, mas ainda não indica retomada da indústria brasileira.
Embora tenha caído na comparação mensal, a indústria subiu 1,7% em relação a outubro de 2021, na série sem ajuste. Por outro lado, no acumulado de 2022, o setor tem uma queda de 0,8%. Em 12 meses, o recuo é ainda maior, de 1,4%.
A saber, a indústria segue abaixo de fevereiro de 2020, último mês antes da decretação da pandemia da covid-19. Em setembro, a taxa estava 2,4% abaixo do nível pré-pandemia, e, em outubro, ficou 2,1% menor que fevereiro de 2020.
Além disso, a produção industrial brasileira está 18,4% abaixo do nível recorde registrado em maio de 2011.
Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A série histórica teve início em janeiro de 2002 e, de lá pra cá, informa o desempenho da produção industrial do país mensalmente. O IBGE divulgou os dados nesta sexta-feira (2).
“Nos últimos cinco meses, em três oportunidades, observa-se queda na produção e com a característica de um número maior de atividades industriais no campo negativo, permanecendo longe de recuperar as perdas de um passado recente”, explicou o gerente da pesquisa, André Macedo.
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Veja os setores que impulsionaram a indústria
De acordo com a PMI, apenas 7 dos 26 ramos industriais avançaram em outubro. Apesar de a maioria das atividades ter recuado no mês, os setores que cresceram exerceram maior impacto na indústria brasileira, impulsionando-a.
A saber, as atividades que mais subiram no mês foram produtos alimentícios (4,8%) e metalurgia (4,6%). Enquanto a primeira eliminou parte da perda de 7,1% acumulada nos meses de setembro e agosto, a segunda atividade voltou a crescer após o tombo de 7,6% em setembro.
Do lado das quedas, os setores que exerceram os maiores impactos negativos foram veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,7%), máquinas e equipamentos (-9,1%) e bebidas (-9,3%).
A PIM Brasil produz indicadores de curto prazo desde a década de 1970, segundo o IBGE. Em síntese, o levantamento analista o comportamento do produto real das indústrias extrativa e de transformação.
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