As bolsas europeias encerraram o pregão desta quinta-feira (11) registrando ganhos. Em suma, os principais índices acionários locais refletiram a sinalização do Banco Central Europeu (BCE) sobre estar atento à elevação dos rendimentos (yields) dos títulos do Tesouro americano (Treasuries). Ao mesmo tempo, o otimismo com a aprovação do pacote de estímulos para a economia dos EUA continuou pesando sobre os índices.
Em resumo, o BCE garantiu que suas taxas de juros não subirão até que a pandemia seja superada. Para isso, o banco afirmou que vai acelerar suas compras de títulos nos próximos meses. Assim, espera limitar a elevação dos rendimentos dos títulos europeus. Nesse caso, diversos investidores mostraram receio, nos últimos pregões, com essa alta dos rendimentos locais.
“Faremos as compras de maneira flexível, de acordo com as condições de mercado e com a meta de impedir o aperto das condições de financiamento”, ressaltou a presidente do BCE, Christine Lagarde. Ele ressaltou que a alta descontrolada dos yields dos títulos tende a pressionar a política monetária do continente.
Além disso, vale mencionar que a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovaram o pacote de estímulos fiscais de US$ 1,9 trilhão para a economia norte-americana na véspera (10). Dessa forma, falta apenas a assinatura do presidente Joe Biden, responsável pelo pacote, para que esse montante seja liberado. E essa realidade beneficiará não só a economia dos EUA, mas também a de seus parceiros comerciais.
Veja as principais variações dos índices europeus
Neste cenário, o otimismo prevaleceu e as principais bolsas da Europa encerraram a sessão no azul. O índice Stoxx Europe 600 subiu 0,49%, apesar do recuo de 1,19% dos papéis dos bancos, os de maior peso no índice. A saber, o Stoxx engloba 600 empresas de 18 países europeus, de pequeno, médio e grande porte, representando certa de 90% das empresas europeias que estão listadas em bolsas de valores.
Da mesma forma, os seguintes índices também fecharam o dia com ganhos: Ftse/Mib, em Milão (0,82%), Ibex-35, em Madrid (0,80%), e CAC-40, em Paris (0,72%). Por fim, os avanços menos expressivos vieram dos índices DAX, em Frankfurt (0,20%), e FTSE 100, em Londres (0,17%).
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