O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) variou 0,78% em julho deste ano. Esta variação foi bem semelhante à registrada no mês passado (0,60%). Agora, com o acréscimo do resultado de julho, o IGP-M passa a acumular forte alta de 15,98% em 2021 e de 33,83% nos últimos 12 meses.
Em suma, o IGP-M funciona como um indexador de contratos. Assim, não fica limitado a aluguéis, mas também atinge contratos de tarifas públicas e seguros, por exemplo. O IGP-M também influencia mensalidades de escolas e universidades, tarifa de energia elétrica e planos de saúde.
A Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento do IGP-M, cuja base vem dos setores econômicos, divulgou as informações nesta quinta-feira (29). Lembrando que o indicador pode ser utilizado para reajustes de aluguéis de imóveis comerciais e residenciais.
IPA tem leve alta em julho
A saber, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,71% em julho, contra 0,42% em junho. Em síntese, o grupo bens finais caiu de 1,32% para 1,08%, puxado novamente pelo subgrupo alimentos processados (2,45% para 1,36%), ajudando a desacelerar o índice.
Da mesma forma, o grupo bens intermediários caiu de 1,78% para 1,15%, reforçando a trajetória descendente. O resultado aconteceu, principalmente, devido à queda do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa caiu de 1,71% para 0,11%.
No entanto, o grupo matérias-primas brutas foi o grande destaque de julho, saltando de -1,28% em junho para 0,09% em julho. Esse avanço foi mais forte que o avanço dos outros componentes e fez o IGP-M avançar, mesmo que levemente, no mês.
Os avanços dos itens minério de ferro (-3,04% para 2,70%), suínos (-13,50% para 5,69%) e mandioca/aipim (-6,01% para 3,57%) impulsionaram o grupo. Em contrapartida, os itens cana-de-açúcar (7,73% para 1,36%), café em grão (8,15% para 0,04%) e soja em grão (-4,71% para -5,92%) caíram em julho, limitando o avanço do grupo.
IPC sobe, mas INCC recua no mês
Os outros dois componentes do IGP-M tiveram trajetórias diferentes em julho. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) avançou, passando de 0,57% para 0,83%. Em resumo, quatro das oito classes de despesa aceleraram no período. A principal alta veio do grupo educação, leitura e recreação (-0,69% para 2,16%) devido à disparada do item passagem aérea (-7,28% para 24,69%).
Além disso, os seguintes grupos também aceleraram: habitação (1,10% para 1,66%), alimentação (0,31% para 0,59%) e comunicação (-0,03% para 0,00%). Os destaques de cada grupo foram: tarifa de eletricidade residencial (3,30% para 5,87%), frutas (-5,59% para -1,04%) e mensalidade para internet (-0,60% para -0,28%), respectivamente.
Por outro lado, houve desaceleração nas taxas dos grupos transporte (1,43% para 0,73%), saúde e cuidados pessoais (0,07% para -0,07%), despesas diversas (0,29% para 0,06%) e vestuário (0,45% para 0,40%). Nesse caso, os respectivos itens puxaram as taxas pra baixo: gasolina (2,72% para 1,44%), médico, dentista e outros (0,73% para -0,99%), alimentos para animais domésticos (2,60% para 0,91%) e roupas (0,58% para 0,36%).
Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 1,24% em julho, ante variação de 2,30% em junho. Em síntese, todos os grupos componentes do INCC desaceleraram no mês: materiais e equipamentos (1,75% para 1,52%), serviços (1,19% para 0,65%) e mão de obra (2,98% para 1,12%).
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