O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) variou 0,02% em novembro deste ano após subir 0,64% no mês anterior. Com o acréscimo desse resultado, o IGP-M elevou levemente a variação acumulada no ano, de 16,74% para 16,77%. Já nos últimos 12 meses, a variação desacelerou de 21,73% para 17,89%.
Em suma, o IGP-M funciona como um indexador de contratos. Assim, não fica limitado a aluguéis, mas também atinge contratos de tarifas públicas e seguros, por exemplo. O IGP-M também influencia mensalidades de escolas e universidades, tarifa de energia elétrica e planos de saúde.
A Fundação Getulio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento do IGP-M, cuja base vem dos setores econômicos, divulgou as informações nesta quinta-feira (28). Lembrando que o indicador pode ser utilizado para reajustes de aluguéis de imóveis comerciais e residenciais.
IPA sobe em outubro e impulsiona IGP-M
A saber, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,29% em novembro após avançar 0,53% no mês anterior. Em síntese, o grupo bens finais desacelerou novamente, de 1,08% para 0,97%, puxado pelo subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 0,92% para -0,50%.
Em contrapartida, o grupo bens intermediários teve acréscimo firme no mês (2,65% para 3,38%). O resultado aconteceu, principalmente, devido ao subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 5,29% para 9,32%.
Já o grupo matérias-primas brutas aumentou a sua variação negativa, passando de -1,87% para -4,84%. Os seguintes itens contribuíram para uma taxa mais negativa do grupo: minério de ferro (-8,47% para -15,15%), soja em grão (0,18% para -2,85%) e leite in natura (0,74% para -6,83%). Em sentido oposto, os destaques foram: bovinos (-5,92% para -4,39%), trigo em grão (-2,43% para 1,36%) e pedras britadas (0,86% para 1,60%).
IPC e INCC têm decréscimo no mês
Os outros dois componentes do IGP-M seguiram a mesma trajetória em novembro. A saber, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve leve queda de 1,05% para 0,93%. Em resumo, sete das oito classes de despesa desaceleraram no período. A principal contribuição veio do grupo educação, leitura e recreação (1,85% para 2,93%) devido ao decréscimo do item passagem aérea (22,84% para 1,62%).
Os outros grupos que também desaceleraram no mês foram: habitação (1,04% para 0,37%), alimentação (1,21% para 0,74%), comunicação (0,40% para 0,17%), vestuário (0,65% para 0,62%), despesas diversas (0,29% para 0,22%) e saúde e cuidados pessoais (0,22% para 0,21%).
Isso ocorreu devido à alta dos respectivos itens: tarifa de eletricidade residencial (2,90% para 0,12%), frutas (3,41% para -2,13%), tarifa de telefone residencial (3,91% para 1,74%), calçados (1,15% para 0,53%), alimentos para animais domésticos (1,70% para 1,46%) e medicamentos em geral (0,23% para 0,02%).
Assim, o único avanço ficou com o grupo transportes (1,07% para 2,93%), impulsionado pelo item gasolina, cuja taxa disparou de 2,05% para 7,14%.
Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,71% em novembro, variação menor que a de setembro (0,80%). A variação dos três componentes do índice foi a seguinte: materiais e equipamentos (1,68% para 1,23%), serviços (0,36% para 0,49%) e mão de obra (0,10% para 0,28%).
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