O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,64% em outubro deste ano após cair os mesmos 0,64% no mês anterior. Com o acréscimo desse resultado, o IGP-M elevou a sua variação acumulada no ano, de 16,00% para 16,74%. Já nos últimos 12 meses, a variação desacelerou de 24,86% para 21,73%.
Em suma, o IGP-M funciona como um indexador de contratos. Assim, não fica limitado a aluguéis, mas também atinge contratos de tarifas públicas e seguros, por exemplo. O IGP-M também influencia mensalidades de escolas e universidades, tarifa de energia elétrica e planos de saúde.
A Fundação Getulio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento do IGP-M, cuja base vem dos setores econômicos, divulgou as informações nesta quinta-feira (28). Lembrando que o indicador pode ser utilizado para reajustes de aluguéis de imóveis comerciais e residenciais.
IPA sobe em outubro e impulsiona IGP-M
A saber, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,53% em outubro após cair 1,21% no mês anterior. Em síntese, o grupo bens finais desacelerou novamente, de 1,62% para 1,08%, puxado pelo subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 1,83% para 0,92%.
Em contrapartida, o grupo bens intermediários teve acréscimo firme no mês (1,66% para 2,65%), revertendo a trajetória que poderia ser descendente. O resultado aconteceu, principalmente, devido ao subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa saltou de 0,02% para 5,29%.
Já o grupo matérias-primas brutas reduziu a variação negativa, passando de -5,74% para -1,87%. Os seguintes itens contribuíram para uma taxa menos negativa do grupo: minério de ferro (-21,74% para -8,47%), suínos (-4,49% para 8,34%) e cana-de-açúcar (1,43% para 2,93%). Em sentido oposto, os destaques foram: bovinos (-1,55% para -5,92%), milho em grão (-3,18% para -4,52%) e aves (2,55% para 0,61%).
IPC e INCC tem movimentos diferentes no mês
Os outros dois componentes do IGP-M seguiram trajetórias diferentes em outubro. A saber, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve leve queda de 1,19% para 1,05%. Em resumo, três das oito classes de despesa desaceleraram no período. A principal contribuição veio do grupo habitação (2,00% para 1,04%) devido ao decréscimo do item tarifa de eletricidade residencial (5,75% para 2,90%).
Os outros dois grupos que também desaceleraram foram transportes (1,31% para 1,07%) e saúde e cuidados pessoais (0,38% para 0,22%). Os respectivos itens se destacaram no mês: gasolina (2,77% para 2,05%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (0,67% para 0,28%).
Por outro lado, houve aceleração em cinco grupos: educação, leitura e recreação (1,85% para 2,93%), vestuário (0,31% para 0,65%), alimentação (1,10% para 1,21%), comunicação (0,21% para 0,40%) e despesas diversas (0,28% para 0,29%). Isso ocorreu devido à alta de passagem aérea (16,22% para 22,84%), calçados (0,36% para 1,15%), hortaliças e legumes (1,57% para 8,28%), tarifa de telefone residencial (0,13% para 3,91%) e cigarros (0,48% para 1,13%), respectivamente
Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,80% em outubro, variação maior que a de setembro (0,56%). Aliás, apenas um dos três componentes subiu no mês, avanço que superou os outros dois decréscimos. As variações foram as seguintes: materiais e equipamentos (0,89% para 1,68%), serviços (0,56% para 0,36%) e mão de obra (0,27% para 0,10%).
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