O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu 0,64% em setembro deste ano, após subir 0,66% no mês anterior. Com o acréscimo desse resultado, o IGP-M reduziu a alta acumulada no ano, de 16,75% para 16,00%, e nos últimos 12 meses, de 31,12% para 24,86%.
Em suma, o IGP-M funciona como um indexador de contratos. Assim, não fica limitado a aluguéis, mas também atinge contratos de tarifas públicas e seguros, por exemplo. O IGP-M também influencia mensalidades de escolas e universidades, tarifa de energia elétrica e planos de saúde.
A Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento do IGP-M, cuja base vem dos setores econômicos, divulgou as informações nesta quarta-feira (29). Lembrando que o indicador pode ser utilizado para reajustes de aluguéis de imóveis comerciais e residenciais.
IPA tomba em setembro e puxa IGP-M pra baixo
A saber, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 1,21% em setembro, após subir 0,66% em agosto. Em síntese, o grupo bens finais desacelerou de 2,22% para 1,62%, puxado pelo subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 8,28% para 4,38%.
Da mesma forma, o grupo bens intermediários também desacelerou no mês (2,11% para 1,66%), reforçando a trajetória descendente. O resultado aconteceu, principalmente, devido ao subgrupo combustíveis e lubrificantes, cuja taxa desacelerou de 3,01% para 0,02%.
No entanto, o grupo matérias-primas brutas foi o grande destaque de setembro, despencando de -1,64% para -5,74%. As quedas dos itens milho em grão (10,97% para -3,18%), soja em grão (7,78% para 0,21%) e minério de ferro (-15,32% para -21,74%) derrubaram o grupo. Nem os avanços dos itens cana-de-açúcar (0,92% para 1,43%), cacau (2,75% para 8,75%) e laranja (8,87% para 9,08%) impulsionaram o grupo no mês.
IPC sobe e INCC mantém estabilidade
Os outros dois componentes do IGP-M também seguiram a trajetórias diferentes em setembro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu de 0,75% para 1,19%. Em resumo, seis das oito classes de despesa aceleraram no período. A principal contribuição veio do habitação (1,05% para 2,00%) devido à alta do item tarifa de eletricidade residencial (3,26% para 5,75%).
Além disso, os seguintes grupos também aceleraram: educação, leitura e recreação (0,53% para 1,85%), transportes (0,76% para 1,31%), comunicação (-0,11% para 0,21%), despesas diversas (0,19% para 0,28%) e vestuário (0,29% para 0,31%).
Os destaques de cada grupo foram: passagem aérea (3,17% para 16,22%), gasolina (1,55% para 2,77%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-0,26% para 0,42%), cigarros (-0,12% para 0,48%) e serviços do vestuário (0,12% para 0,78%), respectivamente.
Por outro lado, houve desaceleração nas taxas dos grupos alimentação (1,17% para 1,10%) e saúde e cuidados pessoais (0,42% para 0,38%), com destaque para os itens hortaliças e legumes (5,42% para 1,57%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (1,06% para 0,67%), que puxaram as taxas dos grupos para baixo.
Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,56% em setembro, mesma variação de agosto. Em síntese, dois dos três componentes desaceleraram no mês: materiais e equipamentos (1,17% para 0,89%) e serviços (0,78% para 0,56%). Já o item mão de obra acelerou de 0,00% para 0,27%.
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