O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) variou 0,66% em agosto deste ano. Esta variação ficou um pouco menor que a registrada no mês anterior (0,78%). Agora, com o acréscimo do resultado de agosto, o IGP-M passa a acumular forte alta de 16,75% em 2021 e de 31,12% nos últimos 12 meses.
Em suma, o IGP-M funciona como um indexador de contratos. Assim, não fica limitado a aluguéis, mas também atinge contratos de tarifas públicas e seguros, por exemplo. O IGP-M também influencia mensalidades de escolas e universidades, tarifa de energia elétrica e planos de saúde.
A Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento do IGP-M, cuja base vem dos setores econômicos, divulgou as informações nesta segunda-feira (30). Lembrando que o indicador pode ser utilizado para reajustes de aluguéis de imóveis comerciais e residenciais.
IPA tem leve recuo em agosto
A saber, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,66% em agosto, contra 0,71% em julho. Em síntese, o grupo bens finais avançou de 1,08% para 2,22%, puxado pelo subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de -1,14% para 8,28%.
Da mesma forma, o grupo bens intermediários subiu de 1,15% para 2,11%, reforçando a trajetória ascendente. O resultado aconteceu, principalmente, devido à queda do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa subiu de 0,11% para 1,68%.
No entanto, o grupo matérias-primas brutas foi o grande destaque de agosto, despencando de 0,09% em julho para -1,64% em agosto. Esse recuo foi mais forte que os avanços dos outros componentes e fez o IGP-M recuar, mesmo que levemente, no mês.
As quedas dos itens minério de ferro (2,70% para -15,32%), bovinos (1,73% para -0,34%) e leite in natura (5,74% para 2,32%) reduziram a taxa do grupo. Por outro, os itens soja em grão (-5,92% para 7,78%), milho em grão (-4,58% para 10,97%) e café em grão (0,04% para 20,98%) avançaram em agosto, limitando o recuo do grupo.
IPC e INCC também recuam no mês
Os outros dois componentes do IGP-M também seguiram a mesma trajetórias em agosto. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) recuou levemente de 0,83% para 0,75%. Em resumo, três das oito classes de despesa desaceleraram no período. A principal queda veio do grupo educação, leitura e recreação (2,16% para 0,53%) devido a forte queda do item passagem aérea (24,69% para 3,17%).
Além disso, os seguintes grupos também desaceleraram: habitação (1,66% para 1,05%) e comunicação (0,00% para -0,11%). Os destaques de cada grupo foram: tarifa de eletricidade residencial (5,87% para 3,26%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,02% para -0,26%), respectivamente.
Por outro lado, houve aceleração nas taxas dos grupos alimentação (0,59% para 1,17%), saúde e cuidados pessoais (-0,07% para 0,42%), despesas diversas (0,06% para 0,19%), transporte (0,73% para 0,76%) e vestuário (0,26% para 0,29%).
Nesse caso, os respectivos itens impulsionaram as taxas: hortaliças e legumes (-5,13% para 5,42%), plano e seguro de saúde (-1,27% para 0,42%), serviços bancários (0,01% para 0,24%), etanol (-1,26% para 0,70%) e acessórios do vestuário (-0,14% para 0,46%).
Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,56% em agosto, ante variação de 1,24% em julho. Em síntese, os componentes materiais e equipamentos (1,52% para 1,17%) e mão de obra (1,12% para 0,00%) desaceleraram. Já serviços (0,65% para 0,78%) aceleraram levemente e reduziram um pouco a queda no mês.
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