O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,87% em dezembro deste ano após variar 0,02% no mês anterior. Com o acréscimo desse resultado, o IGP-M acumulou uma variação de 17,78% em 2021. Embora tenha ficado bastante expressiva, a taxa não superou a acumulada em 2020 (23,14%).
Em suma, o IGP-M funciona como um indexador de contratos. Assim, não fica limitado a aluguéis, mas também atinge contratos de tarifas públicas e seguros, por exemplo. O IGP-M também influencia mensalidades de escolas e universidades, tarifa de energia elétrica e planos de saúde.
A Fundação Getulio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento do IGP-M, cuja base vem dos setores econômicos, divulgou as informações nesta quarta-feira (29). Aliás, o indicador pode ser utilizado para reajustes de aluguéis de imóveis comerciais e residenciais.
IPA dispara 20,57% em 2021 e impulsiona IGP-M
A saber, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,95% em dezembro após cair 0,29% no mês anterior. Com isso, o indicador disparou 20,57% em 2021 e impulsionou o IGP-M. Em dezembro, o grupo bens finais desacelerou novamente, de 0,97% para 0,53%, puxado pelo subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa despencou de 8,60% para 0,25%.
Da mesma forma, o grupo bens intermediários teve um forte decréscimo no mês (3,38% para 1,02%). O resultado aconteceu, principalmente, devido ao subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 2,13% para 0,40%.
Em contrapartida, o grupo matérias-primas brutas disparou de -4,84% em novembro para 1,22% em dezembro. Os seguintes itens contribuíram para a aceleração da taxa: minério de ferro (-15,15% para -0,52%), bovinos (-4,39% para 11,69%) e soja em grão (-2,85% para -1,03%).
Em sentido oposto, os principais itens que puxaram a taxa para baixo foram: aves (-1,37% para -5,08%), laranja (-1,35% para -4,10%) e algodão em caroço (1,41% para 0,05%).
IPC e INCC têm decréscimo no mês
Os outros dois componentes do IGP-M desaceleraram em dezembro. A saber, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve leve queda de 0,93% para 0,84%. Em resumo, seis das oito classes de despesa desaceleraram no período. A principal contribuição veio do grupo transportes (2,93% para 1,26%) devido ao decréscimo do item gasolina (7,14% para 2,24%).
Os outros grupos que também desaceleraram no mês foram: alimentação (0,74% para 0,54%), comunicação (0,17% para 0,05%), saúde e cuidados pessoais (0,21% para 0,17%), despesas diversas (0,22% para 0,13%) e vestuário (0,62% para 0,61%).
Isso ocorreu devido ao recuo dos respectivos itens: hortaliças e legumes (9,88% para -3,07%), tarifa de telefone residencial (1,74% para 0,00%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,47% para 0,10%), cigarros (0,97% para 0,20%) e acessórios do vestuário (0,58% para 0,33%).
Assim, os únicos avanços vieram dos grupos habitação (0,37% para 1,09%) e educação, leitura e recreação (0,34% para 1,80%), impulsionados pelos itens tarifa de eletricidade residencial (0,12% para 3,11%) e passagem aérea (1,62% para 11,52%), respectivamente.
Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,30% em dezembro, ante alta de 0,71%. A variação dos três componentes do índice foi a seguinte: materiais e equipamentos (1,23% para 0,48%), serviços (0,49% para 0,57%) e mão de obra (0,28% para 0,10%).
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