O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 1,82% em janeiro deste ano, após variar 0,87% no mês anterior. Com o acréscimo desse resultado, o IGP-M passa a acumular uma variação de 16,91% em 12 meses.
Embora tenha ficado bastante expressiva, a taxa não superou a variação acumulada nos 12 meses anteriores (25,71%). Em janeiro de 2021, a taxa também ficou superior à variação registrada no primeiro mês deste ano (2,58%).
Em suma, o IGP-M funciona como um indexador de contratos. Assim, não fica limitado a aluguéis, mas também atinge contratos de tarifas públicas e seguros, por exemplo. O IGP-M também influencia mensalidades de escolas e universidades, tarifa de energia elétrica e planos de saúde.
O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), responsável pelo levantamento do IGP-M, divulgou as informações nesta sexta-feira (28). Aliás, o indicador pode ser utilizado para reajustes de aluguéis de imóveis comerciais e residenciais.
IPA sobe em janeiro e impulsiona IGP-M
A saber, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu de 0,95% em dezembro para 2,30% em janeiro. Em resumo, o grupo bens finais teve leve alta no mês, de 0,53% para 0,75%, puxado pelo subgrupo bens de investimento, cuja taxa avançou de 0,78% para 2,07%.
Da mesma forma, o grupo bens intermediários também registrou um leve acréscimo no mês (1,02% para 1,05%). O principal impacto veio do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 0,40% para 1,33%.
No entanto, o que mais impactou o IPA em janeiro foi o grupo matérias-primas brutas, que disparou de 1,22% em dezembro para 4,95% em janeiro. Os seguintes itens contribuíram para a aceleração da taxa: minério de ferro (-0,52% para 18,26%), soja em grão (-1,03% para 4,05%) e milho em grão (-2,68% para 5,64%).
Em sentido oposto, os principais itens que puxaram a taxa para baixo e limitaram o avanço no mês foram: bovinos (11,69% para 1,94%), café em grão (12,52% para 1,92%) e suínos (3,20% para -12,39%).
IPC e INCC têm variações diferentes no mês
Os outros dois componentes do IGP-M seguiram trajetórias diferentes em janeiro. A saber, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) caiu de 0,84% para 0,42%. Em resumo, quatro das oito classes de despesa desaceleraram no período. A principal contribuição veio novamente do grupo transportes (1,26% para -0,17%) devido ao decréscimo do item gasolina (2,24% para -1,62%).
Os outros grupos que também desaceleraram no mês foram: habitação (1,09% para 0,33%), educação, leitura e recreação (1,80% para 0,94%) e saúde e cuidados pessoais (0,17% para 0,07%). Isso ocorreu devido ao recuo dos respectivos itens: tarifa de eletricidade residencial (3,11% para -0,69%), passagem aérea (11,52% para -6,63%) e plano e seguro de saúde (0,16% para -0,29%).
Em contrapartida, quatro grupos tiveram acréscimo em suas taxas: alimentação (0,54% para 1,15%), vestuário (0,61% para 1,17%), comunicação (0,05% para 0,13%) e despesas diversas (0,13% para 0,14%).
Os avanços ocorreram, principalmente, devido aos respectivos itens: hortaliças e legumes (-3,07% para 4,44%), roupas (0,58% para 1,29%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,11% para 0,42%) e cigarros (0,20% para 0,98%).
Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,64% em janeiro, ante alta de 0,30% em dezembro. A variação dos três componentes do índice foi a seguinte: materiais e equipamentos (0,48% para 1,05%), serviços (0,57% para 1,28%) e mão de obra (0,10% para 0,14%).
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