O índice de atividades turísticas perdeu fôlego em julho e cresceu apenas 0,5% na comparação com o mês anterior. Este é o terceiro avanço positivo do indicador, que acumula forte alta de 42,2% no período. Dessa forma, o setor conseguiu eliminar toda a perda registrada em março deste ano, de -26,5%.
A saber, o resultado negativo em março aconteceu por causa da pandemia da Covid-19. À época, o país enfrentava a segunda onda da pandemia, que veio bem mais forte que a primeira. Aliás, a queda em março interrompeu dez meses seguidos de avanço do setor. Por falar nisso, o índice acumulou ganhos expressivos de 127,5% no período.
No entanto, mesmo com os avanços registrados nos últimos meses, o índice ainda precisa crescer 32,7% para retornar ao nível de fevereiro do ano passado, último mês antes da decretação da pandemia da Covid-19. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou os dados nesta terça-feira (14).
Confira detalhes da pesquisa do IBGE
De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE, a crise sanitária afetou fortemente o transporte aéreo de passageiros devido às restrições de viagens e incentivo ao distanciamento social. Isso explica o motivo de o setor ainda precisar crescer tanto para voltar ao nível pré-pandemia.
Em resumo, as medidas adotadas para conter o avanço da crise sanitária também impactaram negativamente os restaurantes e hotéis, transporte rodoviário coletivo de passageiros, catering, bufê e outros serviços de comida preparada, além das agências de viagens.
A propósito, o levantamento do IBGE engloba apenas 12 Unidades da Federação (UFs): Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Em julho, oito das 12 UFs registraram crescimento em seus índices. O principal destaque positivo veio de Pernambuco (9,5%), seguido por Santa Catarina (9,4%), Bahia (6,1%) e Rio de Janeiro (2,1%).
Turismo tem aumento expressivo em relação a julho de 2020
Já em relação a junho de 2020, o volume do turismo no Brasil disparou 83,0%. A saber, esse é o quarto avanço seguido após uma sequência de 13 meses consecutivos de queda. Em suma, o que mais contribuiu para o resultado positivo foi o aumento na receita das empresas que atuam nos ramos de restaurantes, hotéis, transporte aéreo, serviços de bufê, rodoviário coletivo de passageiros e locação de automóveis.
Todas as 12 unidades federativas tiveram resultado positivo nessa base comparativa, com destaque para São Paulo (55,9%). Em seguida, ficaram Rio de Janeiro (56,3%), Bahia (271,7%), Minas Gerais (94,3%), Rio Grande do Sul (150,7%) e Pernambuco (144,8%).
Por fim, as atividades turísticas agora acumulam avanço de 13,1% em 2021 na comparação com o mesmo período de 2020. Nesse caso, todos os 12 locais pesquisados registraram taxas positivas, com destaque para Rio de Janeiro (12,3%), Bahia (33,2%), Minas Gerais (17,0%), Pernambuco (31,9%), Goiás (38,7%) e Rio Grande do Sul (25,0%).
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