O índice de atividades turísticas disparou 18,2% em maio deste ano, na comparação com o mês anterior. Este é o segundo avanço positivo do indicador, que acumula forte avanço de 23,3% no bimestre. Dessa forma, consegue eliminar boa parte do tombo expressivo de 26,5% registrado em março.
A saber, o resultado negativo em março aconteceu por causa da pandemia da Covid-19. À época, o país enfrentava a segunda onda da pandemia, que veio bem mais forte que a primeira. Aliás, a queda de maio interrompeu dez meses seguidos de avanço do setor. Neste período, o índice acumulou ganhos de 127,5%.
Agora, com o avanço de maio, o índice ainda precisa crescer 53,1% para retornar ao nível de fevereiro do ano passado, último mês antes da decretação da pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou os dados nesta terça-feira (13).
Confira detalhes da pesquisa do IBGE
De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE, a crise sanitária afetou fortemente o transporte aéreo de passageiros devido às restrições de viagens e incentivo ao distanciamento social. Isso explica o motivo de o setor ainda precisar crescer tanto para voltar ao nível pré-pandemia.
Em resumo, as medidas adotadas para conter o avanço da crise sanitária ainda impactaram negativamente os restaurantes e hotéis, bem como: transporte rodoviário coletivo de passageiros, catering, bufê e outros serviços de comida preparada, e agências de viagens.
A propósito, o levantamento engloba apenas 12 Unidades da Federação (UFs): Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Em maio, os índices das 12 UFs cresceram na comparação com o mês anterior. Nesse caso, os avanços mais expressivos vieram de São Paulo (30,3%), seguido por Rio de Janeiro (18,5%), Bahia (52,6%), Minas Gerais (34,3%), Rio Grande do Sul (46,9%) e Distrito Federal (49,3%).
Turismo tem aumento expressivo em relação a maio de 2020
Já em relação a maio de 2020, o volume do turismo no Brasil disparou 102,2%. A saber, o avanço acontece após a forte alta de 72,5% em abril, que interrompeu uma sequência de 13 meses consecutivos de queda. Além disso, esse crescimento é o mais intenso desde o início da série histórica do IBGE em 2012, superando o de abril.
Em suma, o que mais contribuiu para o resultado positivo foi o aumento na receita das empresas que atuam nos ramos de restaurantes, hotéis, transporte aéreo, serviços de bufê, rodoviário coletivo de passageiros e locação de automóveis.
Por sua vez, todas as 12 unidades federativas tiveram resultado positivo nessa base comparativa. Os maiores destaques ficaram com São Paulo (84,8%) e Rio de Janeiro (90,7%). Na sequência, ficaram Minas Gerais (80,5%), Bahia (200,3%), Pernambuco (158,8%) e Rio Grande do Sul (143,5%).
Por fim, as atividades turísticas agora acumulam queda de 5,5% nos cinco primeiros meses de 2021 em relação ao mesmo período de 2020. Nesse caso, 7 dos 12 locais pesquisados registraram recuos em suas taxas, com destaque para São Paulo (-14,9%), Ceará (-17,4%), Minas Gerais (-5,3%), Paraná (-7,3%) e Rio de Janeiro (-2,2%). Em contrapartida, as principais contribuições vieram de: Goiás (15,4%), Pernambuco (6,1%) e Bahia (4,2%).
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