O índice de atividades turísticas cresceu 11,9% em junho deste ano, na comparação com o mês anterior. Este é o terceiro avanço positivo do indicador, que acumula forte alta de 43,0% no trimestre. Dessa forma, o setor conseguiu eliminar toda a perda registrada em março deste ano, de -26,5%.
A saber, o resultado negativo em março aconteceu por causa da pandemia da Covid-19. À época, o país enfrentava a segunda onda da pandemia, que veio bem mais forte que a primeira. Aliás, a queda em março interrompeu dez meses seguidos de avanço do setor. Neste período, o índice acumulou ganhos de 127,5%.
No entanto, mesmo com diversos avanços registrados nos últimos meses, o índice ainda precisa crescer 29,5% para retornar ao nível de fevereiro do ano passado, último mês antes da decretação da pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou os dados nesta quinta-feira (12).
Confira detalhes da pesquisa do IBGE
De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE, a crise sanitária afetou fortemente o transporte aéreo de passageiros devido às restrições de viagens e incentivo ao distanciamento social. Isso explica o motivo de o setor ainda precisar crescer tanto para voltar ao nível pré-pandemia.
Em resumo, as medidas adotadas para conter o avanço da crise sanitária também impactaram negativamente os restaurantes e hotéis, bem como: transporte rodoviário coletivo de passageiros, catering, bufê e outros serviços de comida preparada, e agências de viagens.
A propósito, o levantamento do IBGE engloba apenas 12 Unidades da Federação (UFs): Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Em junho, os índices das 12 UFs cresceram na comparação com maio. Nesse caso, o avanço mais expressivo veio de São Paulo (5,3%), seguido por Rio de Janeiro (12,4%) e Minas Gerais (19,7%).
Turismo tem aumento expressivo em relação a junho de 2020
Já em relação a junho de 2020, o volume do turismo no Brasil disparou 92,7%. A saber, o avanço acontece após os saltos de 72,5% em abril e 102,2% em maio, que interromperam uma sequência de 13 meses seguidos de queda. Além disso, esse crescimento é o segundo maior desde o início da série histórica do IBGE em 2012, superado apenas pela disparada registrada em maio.
Em suma, o que mais contribuiu para o resultado positivo foi o aumento na receita das empresas que atuam nos ramos de restaurantes, hotéis, transporte aéreo, serviços de bufê, rodoviário coletivo de passageiros e locação de automóveis.
Ao mesmo tempo, todas as 12 unidades federativas tiveram resultado positivo nessa base comparativa. Os maiores destaques ficaram com São Paulo (69,9%) e Rio de Janeiro (74,4%). Na sequência, ficaram Minas Gerais (101,2%), Bahia (210,0%), Pernambuco (174,4%) e Rio Grande do Sul (139,9%).
Por fim, as atividades turísticas agora acumulam avanço de 4,6% no primeiro semestre de 2021 em relação ao mesmo período de 2020. Nesse caso, 10 dos 12 locais pesquisados registraram taxas positivas, com destaque para Rio de Janeiro (6,3%), Bahia (4,2%), Pernambuco (19,6%), Goiás (28,1%) e Minas Gerais (7,1%). Em contrapartida, São Paulo (-5,8%) teve a principal influência negativa sobre o índice de turismo no semestre.
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