O índice de atividades turísticas perdeu bastante fôlego em setembro. Após saltar 4,6% em agosto, o indicador encerrou setembro com um avanço bem mais tímido, de 0,8%. Seja como for, esse é o quinto avanço positivo do índice, que acumula ganhos expressivos de 49,9% no período.
No entanto, mesmo com os avanços registrados nos últimos meses, o índice ainda precisa crescer 20,4% para retornar ao nível de fevereiro do ano passado, último mês antes da decretação da pandemia da Covid-19. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou os dados nesta sexta-feira (12).
De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), a crise sanitária afetou fortemente o transporte aéreo de passageiros em todo o planeta. As restrições de viagens e o incentivo ao distanciamento social afundaram tanto o setor que, para voltar ao nível pré-pandemia, os dados ainda precisam disparar nos próximos meses.
Em resumo, as medidas adotadas para conter o avanço da crise sanitária também impactaram negativamente os restaurantes e hotéis. Além disso, transporte rodoviário coletivo de passageiros, catering, bufê, outros serviços de comida preparada e agências de viagens também sofreram.
A propósito, o levantamento do IBGE engloba apenas 12 Unidades da Federação (UFs): Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Em setembro, o índice cresceu em sete das 12 UFs. O principal destaque positivo veio do Rio de Janeiro (4,0%), seguido por Santa Catarina (5,7%), Bahia (1,5%) e Goiás (2,5%). Por outro lado, os resultados negativos que mais impactaram o indicador foram os de São Paulo (-1,7%) e Ceará (-5,2%).
Turismo tem aumento expressivo em relação a setembro de 2020
Já em relação a setembro de 2020, o volume do turismo no Brasil disparou 36,6%. A saber, esse é o sexto avanço consecutivo após uma sequência de 13 meses de queda. Em suma, o que mais contribuiu para o resultado foi o aumento na receita das empresas que atuam nos ramos de restaurantes, hotéis, transporte aéreo, serviços de bufê, rodoviário coletivo de passageiros e locação de automóveis.
Todas as 12 unidades federativas cresceram nessa base comparativa, com destaque para São Paulo (23,1%). Em seguida, ficaram Bahia (104,7%), Rio de Janeiro (28,0%), Minas Gerais (50,9%), Pernambuco (86,0%) e Rio Grande do Sul (65,1%).
Por fim, as atividades turísticas agora acumulam avanço de 19,9% em 2021 na comparação com o mesmo período de 2020. Nesse caso, todos os 12 locais pesquisados registraram taxas positivas, com destaque para São Paulo (7,0%), Rio de Janeiro (16,0%), Bahia (48,9%), Minas Gerais (26,2%) e Pernambuco (45,6%).
Leia Mais: Serviços caem em 20 das 27 Unidades da Federação em setembro